28.12.12

Recomendo tratamento psiquiátrico voluntário

Para as pessoas que acham que estão com algum problema psiquiátrico mas nunca foram diagnosticadas, eu recomendo ENFATICAMENTE que busquem um atendimento psiquiátrico / psicológico VOLUNTARIAMENTE.

Essa questão me foi feita algumas vezes. O que eu digo é que o principal problema dos atendimentos em saúde mental são os atendimentos INVOLUNTÁRIOS, ou melhor, o principal problema são as internações involuntárias. Por isso chego a aconselhar a quem acha que está precisando de atendimento psiquiátrico a procurar atendimento psiquiátrico voluntariamente, para evitar um surto que cause internação involuntária.

Quando você busca uma consulta psiquiátrica voluntariamente, pela primeira vez, você tem várias vantagens:
Você pode escolher.
Caso você mude de ideia você pode deixar o atendimento, sem maiores problemas.

Uma vez que a gente é internado involuntariamente, a coisa complica.

Para começar, ao sair de uma internação psiquiátrica involuntária, profissionais de saúde mental dizem para os familiares vigiarem o paciente psiquiátrico. Uma indicação absurda, pois como se pode vigiar alguém sem mantê-lo preso? Se querem manter o paciente psiquiátrico preso, porque não deixá-lo no hospício de uma vez? Isso é apenas um pretexto para culpar os familiares, em caso de recaída. Ou melhor, um pretexto de maus profissionais para evadirem qualquer responsabilidade. Assim a culpa não seria do mau atendimento psiquiátrico, mas sim do familiar que não vigiou direito.

A-B-S-U-R-D-O!!!

Quando a gente é internado INVOLUNTARIAMENTE, praticamente perdemos todos os direitos. LITERALMENTE, perdemos a razão. Praticamente viramos escravos, ou seja, viramos posse. Quando estamos internados involuntariamente, somos posse do hospital psiquiátrico, quando estamos em casa somos posse da família. Profissionais de saúde mental e familiares viram nossos senhores, como senhores de escravos. Passamos a sofrer todo tipo de estigma absurdo.

Caso uma pessoa que foi internada involuntariamente não goste da medicação e se recuse a tomá-la, profissionais dizem que a pessoa se recusa a tomar por "sintoma da doença", e não porque a medicação está errada, ou está fazendo efeito contrário ou simplesmente porque a pessoa não quer mais.

Caso uma pessoa internada involuntariamente não goste do terapeuta, dizem que ele não gosta por "sintoma da doença", "está com mania de perseguição", "está cismado", etc.

Por isso eu deixo a dica: se você nunca foi diagnosticado com transtorno mental, mas acha que está com algum problema, procure atendimento voluntariamente, pois o estigma da internação involuntária é a pior coisa. E, infelizmente, ainda não há cura para o estigma.
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22.12.12

Existência sem vida - Dasein ohne Leben - Egzystencja bez zycia

Infelizmente, muitos profissionais de saúde mental acham que um doente mental não tem consciência de nada. E infelizmente eles dizem isso aos familiares e os familiares acreditam. Por isso, os amarram em camas e os agridem de outras formas, convencidos de que não sofrerão, pois sequer lembram, pois eles acham que os pacientes só têm consciência quando estão "estabilizados" tomando psicotrópicos.

Essa ideia vem da psiquiatria antiga. Corrigindo: essas ideias formam a PSIQUIATRIA MODERNA, formam a base da psiquiatria moderna, pois antes a coisa era ruim, mas não chegava a esse ponto absurdo. Essas ideias continuam de uma forma diferente, hoje em dia.

Na época da segunda guerra mundial, psiquiatras pensavam assim. Enquanto hoje querem manter os pacientes psiquiátricos tomando drogas que geram outras doenças horrorosas com efeitos colaterais monstruosos, na época da Segunda Guerra eles achavam que estavam fazendo caridade aos pacientes ao exterminá-los em câmaras de gás, pois tinham certeza que se os pacientes fossem capazes de pensar com a razão desejariam isso.

Abaixo a tradução livre de alguns trechos da propaganda nazista do programa T-4. Ou melhor, código Operação "Aktion T-4". T-4 quer dizer "Rua Tiergarten número 4" do alemão "Tiergartenstraße 4". T-4 era tipo um CAPS da época, um local de caridade para os pacientes psiquiátricos generosamente criado pelo governo nazista. (Desculpem a ironia, mas não deu para resistir!)

"A doença mental é um mal hereditário. Um dos maiores perigos para a saúde de uma nação. Uma existência sem vida. Manicômios públicos e privados foram construídos no coração da maravilhosa campanha alemã. Manicômios novos e ainda maiores que atendem todas as exigências da medicina MODERNA. (...) Apesar de todos os esforços de nossa psiquiatria, muitos de nossos doentes mentais continuam incuráveis. É um erro pensar que doentes como esses podem sentir felicidade ou interesse pela vida. Estão presos a vida apenas por costume. Vamos dar um destino clemente que livre essas criaturas infelizes dessa existência. Como é cruel manter vivos pessoas espiritualmente mortas. Sempre as mesmas ideias loucas. Sempre o mesmo comportamento idiota. (...)Se eu tivesse uma doença mental incurável, preferiria morrer. E estou convencido que qualquer pessoa sã pensa da mesma forma. E estou convencido que qualquer doente mental, se pudesse entender sua própria condição, ia querer dar um fim a uma vida assim. Não seria uma caridade? Livre quem não se pode curar."

17.12.12

Os perigos dos hospitais psiquiátricos fechados e longe dos olhos do povo

Recebi uns comentários muito importantes e que valem a pena replicar.

A filha de Nercinda Heiderich morreu depois de oito dias de internação numa clínica psiquiátrica. Isso realmente dói.

Ela havia tentado falar com a filha, mas foi proibida por "regulamento da clínica".

Ela diz no comentário: "Eles não permitem que entremos nos alojamentos, somente até o pátio de visitação e depois, de pelo menos, 5 dias."

É um absurdo que esse hospital psiquiátrico continue aberto depois de um caso desses.

E aconteceu algo mais absurdo ainda: a mãe ficou desesperada e fez acusações contra o dono da clínica. Resultado: o dono da clínica se sentiu ofendido e decidiu processá-la. Que tipo de monstro tem coragem de processar uma mãe que perdeu a filha dessa maneira trágica?

Familiares de pacientes psiquiátricos, prestem a atenção:

Precisamos URGENTE de uma Lei que garanta o direito do familiar ter acesso ao paciente internado SEMPRE.

Enquanto essa Lei não existe, RETIRE o paciente do hospital IMEDIATAMENTE caso não deixarem vê-lo.

No próprio CAPS eu já soube de pacientes que abusaram sexualmente de outros, e eu garanto que num hospital psiquiátrico fechado o risco É BEM MAIOR.

Gente, preste atenção, há casos de psiquiatras que abusaram sexualmente de pacientes psiquiátricos em outros países, e foram presos por isso, mas é muito difícil um psiquiatra que comete abuso ser julgado e preso, pois bastaria ele dizer que a paciente falou sobre abuso por estar delirando, imaginando coisas. E infelizmente, a palavra do psiquiatra tem mais poder que a palavra do papa.

Psiquiatras têm um poder que nenhum ser humano deveria ter. O poder de decidir quem está com a RAZÃO e quem não está, afinal, na nossa cultura quem está louco PERDEU A RAZÃO.

Por isso, pacientes psiquiátricos deveriam ser internados em HOSPITAIS GERAIS. Por isso que enfermarias psiquiátricas devem estar a vista do público, nada de enfermarias psiquiátricas fechadas! A vista do público para que o público geral possa inspecionar e rejeitar abusos, e não para exibição, como acontecia nos manicômios de antigamente.
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8.12.12

Documentário: adolescentes e crianças mortas por efeitos colaterais de medicações psiquiátricas / psicotrópicos

Às mães e pais que já tiveram filhos mortos depois de começar a tomar medicação psiquiátrica eu só posso dizer: sinto muito. Às mães que ainda não sabem o que é isso eu só posso dizer: muito cuidado, pois depois quando for tarde demais, não vá reclamar que foi por falta de aviso.

O vídeo abaixo é um documentário extremamente informativo sobre os perigos do uso de medicação psiquiátrica em crianças e adolescentes. Obviamente os psiquiatras e psicólogos tradicionais dificilmente vão alertá-los desses perigos, mas existem uns poucos psiquiatras que estudaram psiquiatria alternativa, como homeopatia e psiquiatria ortomolecular, psiquiatras que DE FACTO querem ajudar.



Evidentemente eu já experimentei efeitos colaterais como pensamentos suicidas ao tomar psicotrópicos e falo por experiência própria.

Existem formas de tratamentos naturais e menos ofensivos. Existem tratamentos alternativos. Cabe a nós exigir que esses tratamentos sejam disponibilizados a todos.
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7.12.12

A línguagem que eu criei na adolescência

Abaixo você pode ver uma página de minha agenda de adolescência. Lá você pode ver, no início da página a linguagem que eu criei para ocultar meus pensamentos sujos adolescentes!...

Era sexta-feira, que eu considerava DIA DE HOTEL. (De brincadeira, é claro, pois eu nunca conseguia sair com ninguém, sequer dava um beijinho. Ser poliglota toma mais tempo que as pessoas imaginam!)


A linguagem consistia completamente de LÓGICA MATEMÁTICA, que já me atraía bastante na época.

5.12.12

Psiquiatria, Psicologia e suas ideias não científicas e altamente destrutivas (Resposta a "13")

Conversando com profissionais de saúde mental, eles deram a entender que eles acham que os pacientes psiquiátricos têm vergonha de sua condição mental.

O que dá vergonha é a forma que os profissionais de saúde mental tratam as doenças mentais, fazendo piadinhas. Se uma pessoa zomba de doença mental, com certeza essa pessoa NÃO NASCEU PARA ESSE TRABALHO.

Eles dizem coisas do tipo, "ninguém precisa saber que você faz tratamento psiquiátrico." Ora, eu mandei fazer uma camisa escrita "PACIENTE PSIQUIÁTRICO". Com certeza não foi para esconder minha condição. Se eles não conseguem entender isso, com certeza não são capazes de tratar de nenhum paciente psiquiátrico, apesar de, talvez, terem boas intenções.

Infelizmente as pessoas desconhecem a natureza dos delírios paranoicos.

Ora, existem religiões, crenças. Por que eu deixaria de acreditar, por exemplo, que um extraterrestre que eu vi existe só porque um doutor disse que é delírio? Não faz sentido. Quem lhe deu autoridade para dizer se o que eu vejo é real ou não? Ele não pode ver através de meus olhos, não pode ver através de meus sentidos. Não pode sentir através de meus sentidos.

Os psicotrópicos podem até servir para alguma coisa, mas os profissionais de saúde mental, em sua maioria, sequer sabem prescrever, analisar e diagnosticar. A culpa não é deles. Mas a coisa TEM que mudar.

Psiquiatras e psicólogos não são mágicos, não podem conhecer um paciente sem exames laboratoriais OBJETIVOS. Cabe a nós que amamos a ciência lutar para que no futuro haja esse exames.

NÃO ACREDITO nos diagnósticos dos profissionais de saúde mental, pois todas as ideias que eles fizeram sobre mim ESTAVAM ERRADAS.

Ninguém mais do que eu gostaria que todas as ideias da psiquiatria e da psicologia fossem fatos. Ninguém mais do que eu gostaria que os psicotrópicos tivessem toda a eficiência que dizem ter. Pois assim bastaria tomar uns comprimidos e todos meus problemas MENTAIS estariam resolvidos, da mesma forma que o remédio "1 minuto", para dor de dentes REALMENTE alivia a dor em 1 minuto.

A única coisa que os psicotrópicos já me fizeram foi me fazer dormir. Porém as lembranças da paranoia continuaram. E foram somadas ao desconforto causado pelas drogas psiquiátricas e aos maus-tratos.

A única forma de apagar lembranças, sejam paranoicas ou não, seria LAVAGEM CEREBRAL. Porém quem disse que eu quero apagá-las? Para que eu ia querer apagar o que eu vi, seja paranoia ou real?

Apagar as coisas não faz que deixem de ser reais. A única solução seria PROTEGER outras pessoas das coisas desagradáveis que passei em minha infância, em minha adolescência e nos hospícios, fazer o máximo para que outros não tenham que experimentar o que experimentei. E é isso que estou fazendo.
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3.12.12

Profissionais de saúde mental que desrespeitam o direito a crença - INACEITÁVEL

Quantas vezes eu tive que tolerar profissionais de saúde mental proibindo pacientes psiquiátricos de até dar "Graças a Deus". Profissionais de saúde mental dificultam o acesso de religiosos aos hospitais psiquiátricos, o que desrespeita um direito constitucional. Isso é inadmissível.

Além disso, profissionais de saúde mental nunca deveriam dizer aos pacientes sua orientação religiosa, pois isso acaba por influenciar os pacientes. Principalmente porque SABEMOS que no Brasil há uma certa RELIGIÃO ELITISTA preferida por pessoas de classe alta, mas totalmente rejeitada por pessoas de classe baixa.

Muitos doutores têm religião, mas não respeitam a religião dos outros e chegam a ser INTOLERANTES.

Mas o problema é mais complicado ainda. Pois até certos DIAGNÓSTICOS DA PSIQUIATRIA chegam a desrespeitar o Direito Humano da crença, apesar de ninguém se dar conta.

A Declaração Mundial dos Direitos Humanos diz:

Artigo 18°
Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.


Ora, isso quer dizer que se alguém jura que viu um alienígena, por exemplo, nenhum médico pode considerar sua visão um delírio, pois não é um delírio, é uma crença. E o direito a crença é garantido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. Apenas o paciente pode decidir o que é delírio ou não. O papel do médico é ajudar a pessoa a se livrar de um delírio incômodo, e não tentar decifrar a mente do paciente, o que é IMPOSSÍVEL.

Por exemplo, às vezes eu vi coisas que até eu podia perceber que era por causa de meus surtos, logo considero delírio. Porém em outros momentos eu vi coisas que eu tenho certeza que eram reais, como uma Luz Estranha que vi vindo em minha direção uma vez.

Não era desse planeta. Estou certo disso. Ninguém vai me convencer que era delírio, nem admito que ninguém tente. Eu consideraria um grande desrespeito. Pois sabemos que ninguém pode provar que não existe extraterrestre e eu várias outras pessoas não podemos provar que há, mas temos certeza que vimos e exigimos que nossa experiência seja respeitada, sem rótulos.
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2.12.12

Minha pequena coleção de tiras (Adolescência!)

Abaixo eu compartilho algumas das tiras que eu mais gostava em minha adolescência.

Primeiro podemos ver minha coleção de tirinhas do Nani, tiras de jornal, coleção VEREDA TROPICAL. Eu mantinha essas tiras em meu caderno de escola e as lia quando a aula ficava muito chata.


Em seguida vemos minha coleção de tiras do grande desenhista e cartunista Angeli.


Essas tiras foram digitalizadas por mim mesmo.

26.11.12

A sutileza do suicídio

Uma pessoa geralmente deseja a morte ao se deparar com uma dor seguida de total falta de esperança, como no caso de uma doença terminal.

Imagine um doente terminal que já não pode andar, mal pode falar, está mantido vivo por aparelhos e sofre dores físicas e psíquicas 24 horas por dia e sabe que a doença NÃO TEM CURA NEM RECUPERAÇÃO e só é uma questão de tempo para morrer.

Esses pacientes terminais desejam a morte para fugir de uma dor que CIENTIFICAMENTE não pode ser remediada. Trata-se de uma decisão de querer morrer baseada na LÓGICA. Nesse caso, se trata de SUICÍDIO ASSISTIDO, ou seja, com o apoio de um médico. O indivíduo expressa um motivo racional para deixar de viver.

Mas o que motivaria alguém a desejar cometer suicídio quando se tem pernas e braços perfeitos e pode andar e falar? Que dor seria essa? Essa dor é um sofrimento psíquico GRAVE. Um transtorno mental.

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Uma pessoa com transtorno mental pode se suicidar por se ver ENVOLVIDA por pesamentos sutis, e isso acontece sorrateiramente.

Algumas pessoas tentam suicídio para punir a si mesmos. Impressionante é que tais pessoas querem viver, por que tentam tirar a própria vida?

Muitas vezes a pessoa repete para si mesma que não é boa o bastante, que por não ser boa, merece morrer. E essa pessoa tenta se suicidar mais por pura raiva.

A SÉRIE MEA VITA descreve essa frustração com perfeição, através da personagem principal, que sofre com transtorno bipolar. A personagem tenta se suicidar lançando o carro num poste. A tentativa falha. Um amigo acompanha a cena de longe e corre para socorrê-la. E decide levá-la com ele, contra sua vontade, no carro dele. Aí acontece uma coisa interessante: ela fica desesperada com a ideia de deixar o carro dela para trás!

Se ela queria morrer, porque se preocuparia com um carro? Logicamente, ela não queria morrer. Queria se punir, se machucar. Ninguém que deseja morrer DE VERDADE se preocupa com bens materiais.

Esta situação se desenrola nos capítulos VIII e IX de MEA VITA.

Evidentemente, as frustrações que a pessoa sente não são porque ela é um fracasso, ou coisa assim. As frustrações não tem nenhuma explicação lógica, pois são sintomas do transtorno mental.

É um erro pensar que se pode tratar alguém com sofrimento psíquico com medicação. Basta entender o significado de psíquico para entender que não é possível tratar com medicação. Psíquico vem de psiquê, que quer dizer alma. Como seria possível tratar a alma com drogas?

Medicação ajuda um pouco, mas a sutileza e a natureza da dor torna qualquer medicação ineficiente, infelizmente.

O único tratamento possível seria apoio e acompanhamento constante. As pessoas acometidas com transtorno mental deveriam ver um médico uma vez por semana, NO MÍNIMO.

Infelizmente, a indiferença do ser humano o levou a acreditar que medicações resolveriam o problema. Medicamentos deveriam ser usados para complementar o apoio e o acompanhamento constante, mas infelizmente o contrário acontece. Sedam e medicam pessoas e as jogam na vida e dizem que o problema está estabilizado.

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Mas porque uma pessoa bem sucedida profissionalmente chega a repetir para si mesma que é um grande fracasso com tanta ferocidade a ponto de querer se ferir ou se matar? Como se cria esse monstro imaginário, um fracasso que não existe, de fato?

Dizem que uma pessoa em depressão não sofre psicose, não sofre alucinação. Porém, exagerar na auto-crítica não seria um delírio, uma alucinação?

Daí, a teoria de que depressão não é causada por alucinação e delírio não seria ERRADA? Logo, não seria mais correto chamar depressão de PSICOSE?

A coisa acontece devagar. De início, o suicídio é apenas pensado rapidamente, depois as ideias suicidas aumentam, por fim... Aí essas pessoas são envolvidas pela sutileza do suicídio, ao ponto de ansiar o suicídio, e considerar o suicídio como algo a ser conquistado. Que delírio pode ser maior que esse?
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21.11.12

Vídeo sobre esquizofrenia X Artigo sobre a atividade cerebral dos médiuns (Schizophrenia X Mediumship)

Hoje estou compartilhando aqui um vídeo em inglês que fala um pouco sobre a esquizofrenia. O vídeo mostra uma imagem do cérebro de um esquizofrênico, e outros exemplos visuais. Veja o vídeo, com sua tradução e transcrição mais abaixo.)

Também quero compartilhar um artigo em inglês de um estudo sobre a atividade cerebral dos médiuns. O estudo indica que, durante uma sessão mediúnica, o cérebro dos médiuns experimenta uma DISSOCIAÇÃO, como ocorre no cérebro dos esquizofrênicos.

Passagem traduzida: "Apesar dos sujeitos estudados (os médiuns estudados na experiência) terem relatado (aparentes) delírios, alucinações auditivas, alterações de personalidade e outros comportamentos dissociativos eles não apresentaram nenhum transtorno mental e foram capazes de usar suas experiências mediúnicas para ajudar os outros."

Passagem original, em inglês: "Although the subjects studied had reported apparent delusions, auditory hallucinations, personality changes and other dissociative behaviors they did not present mental disorders and were able to use their mediumistic experiences to help others."

Daí os pesquisadores acreditam que há uma dissociação patológica, que é a dissociação sofrida pelos esquizofrênicos, e a dissociação não patológica, que é a dissociação experimentada pelos médiuns.

Passagem traduzida: "Em condições não patológicas, a pessoa pode se beneficiar dessas habilidades dissociativas, apesar que tal disposição pode desenvolver uma patologia dissociativa após eventos traumáticos ou adversos."

Não é o que acontece com TODOS os esquizofrênicos? Sendo assim, não seria mais JUSTO considerar os médiuns como esquizofrênicos "não patológicos"? Ou seja, esquizofrênicos que não sofreram GOLPES da vida? (Estou falando sério!)

Passagem original, em inglês: "In non-pathological conditions, a person may benefit from these dissociative abilities, although such a disposition may develop into dissociative pathology after adverse/traumatic events."

Passagem traduzida: "...experiências dissociativas são comuns na população geral e não necessariamente relacionada a transtornos mentais, especialmente em grupos religiosos / espirituais."

Passagem original, em inglês: "...dissociative experiences are common in the general population and not necessarily related to mental disorders, especially in religious/spiritual groups."

Mas como seria possível diferenciar a "dissociação patológica" da "dissociação não patológica"?

A pesquisa foi realizada na Filadélfia, nos Estados Unidos, mas todos os médiuns da experiência eram brasileiros. Importante detalhe: o espiritismo é a religião preferida dos brasileiros de alta classe.

Jornal DESTAK (2 de julho de 2012): "Com 31,5%, os espíritas têm a maior proporção de pessoas com nível superior".

Vale lembrar que médiuns têm uma multidão de seguidores de alta classe em outros países também.

Essas pesquisas são IMPARCIAIS?

Mas um detalhe importante do estudo, uma PEQUENA EXCEPÇÃO aos "critérios rigorosamente científicos" da pesquisa, na seguinte passagem traduzida. Daí, veja se não há PARCIALIDADE.

Passagem traduzida: "Entrevistas clínicas estruturadas excluíram qualquer doença psiquiátrica no momento. Nenhum dos sujeitos, EXCEPTO um com sinais anteriores de transtornos de personalidade borderline..."

Passagem original, em inglês: "Structured clinical interviews excluded current psychiatric illness. None of the subjects, except one with previous signs of borderline personality disorders..."

Com essas informações, tire suas próprias conclusões sobre essas pesquisas.

Veja o artigo na revista online, em inglês: PLOS ONE.
Source: Neuroimaging during Trance State: A Contribution to the Study of Dissociation

Agora, vamos passar para o vídeo sobre esquizofrenia.

Tradução do texto do vídeo:
"Esquizofrenia é um severo transtorno cerebral, crônico e incapacitante. Aproximadamente, 1% da população mundial sofre de esquizofrenia.

Várias regiões do cérebro funcionam de maneira anormal na esquizofrenia. O transtorno é comum em homens e geralmente surge no final da adolescência (por volta dos 17, 18 ou 19 anos) ou por volta dos 20 anos. Nas mulheres, geralmente ocorre por volta dos 20 até por volta dos 30 anos(entre 25 e 35 anos de idade).

Esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado por delírios, alucinações, fala e comportamento desorganizados. Os pacientes experimentam perda de interesse por coisas que antes lhes interessavam.

esquizofrenia pode ser classificada em 5 tipos:

Na esquizofrenia paranoide, os pacientes experimentam delírios e alucinações auditivas. Delírios são crenças estranhas e obstinadas que só são percebidas pelo observador e que persistem, apesar de evidências provando o contrário."




Transcript:
"Schizophrenia is a chronic, severe and disabling brain disorder. Approximately 1% of the world's population suffer from schizophrenia.

Many brain regions operate abnormally during schizophrenia. The disorder is common in men and often appears in the late teens or early twenties. In women it generally occurs in the twenties to early thirties.

Schizophrenia is a mental disorder characterized by delusions, hallucinations, disorganized speech and behaviour. The patients experience loss of emotions about things which they were interested earlier.

Schizophrenia may be classified into 5 types:

In paranoid schizophrenia patients experience delusions and auditory hallucinations. Delusions are strange and steadfast beliefs that are held only by the observer and that remain unshakeable despite obvious evidence to the contrary."

20.11.12

TRATAMENTOS ALTERNATIVOS SEM PRECONCEITO - JÁ ESTÁ NA HORA DE TODOS OS PSIQUIATRAS CONHECÊ-LOS

Devotei boa parte deste site (blog) para os tratamentos alternativos. Clique em TRATAMENTO ALTERNATIVO e leia mais.

Pude observar que a maioria dos psiquiatras sequer conhece psiquiatria ortomolecular, nem sabe trabalhar com homeopatia. Para conhecer essas áreas de atuação é preciso ESTUDAR MUITO, e infelizmente a maioria dos psiquiatras são pessoas muito acomodadas.

Há muitos preconceitos contra os tratamentos naturais. Inclusive ainda há uma antipatia da parte dos médicos tradicionais contra a medicina alternativa. Inveja. Pura inveja da concorrência mais qualificada.

O testemunho de várias pessoas que optaram pelo alternativo comprova que o preconceito e a antipatia são infundados. E é óbvio que provavelmente seria melhor se houvesse algo como psiquiatria ortomolecular na saúde mental pública. Se houvesse, provavelmente eu não teria tido os últimos surtos.

Em resumo: psiquiatria química não funciona, não adianta discutir isso. A psiquiatria tradicional, que usa os antigos psicotrópicos afastam os pacientes por causa dos efeitos colaterais, como me afastou. Por isso NUNCA poderia dar certo.

Apenas aconselho aos psiquiatras que se atualizem, pois com certeza não vão convencer todo mundo o tempo todo de que a antiga psiquiatria química é o melhor. Melhor se qualificarem, estudar, para aprender a usar homeopatia e psiquiatria ortomolecular. A fila anda!

Óbvio que outros motivos me levaram a me afastar do famigerado sistema público de saúde mental.

RELEMBRANDO OS MOTIVOS QUE ME AFASTARAM DO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE MENTAL

Ainda hoje em dia existe internação involuntária e pessoas são amarradas em camas e sofrem agressões em hospícios de renome como o Instituto Philippe Pinel e o Instituto Nise da Silveira. Isso é INADMISSÍVEL.

Dificultaram minha permanência no CAPS, em parte por causa de minhas reivindicações por um serviço melhor, o que incomodou muita gente do sistema.

Os grupos do CAPS ERAM bons, mas AINDA precisavam melhorar. A interação entre os usuários era boa e proveitosa, porém a intromissão dos técnicos de saúde mental ESTRAGAVA. Mas mesmo assim, no passado havia profissionais mais preparados e dedicados ao serviço. E os usuários tinham mais voz nos CAPS.

Ultimamente chegam aos CAPS profissionais recém formados e sem nenhuma devoção. E o preparo universitário deles está CADA VEZ PIOR, principalmente porque a educação no Brasil caiu muito em qualidade. E esses profissionais geralmente são CARREIRISTAS, não permanecem muito tempo nos CAPS.

A ong de informática CDI ofereceu melhores atividades aos CAPS por onde passou, inclusive assinando a carteira de alguns usuários e inserindo-os no mundo do trabalho. O projeto de informática, infelizmente não recebe das autoridades o valor merecido e é interrompido a cada dois anos por burocracia. ISSO TEM QUE MUDAR.

É ESSENCIAL incluir digitalmente usuários de saúde mental, pois estamos na era da tecnologia. Não há mais lugar para as ridículas oficinas antiquadas que eles ainda mantêm hoje em dia.

Hoje em dia os CAPS estão bem deficientes, parando no tempo. Alguns pacientes psiquiátricos decidem entrar para área de saúde mental, acreditando que podem mudar alguma coisa. Mas...

O SISTEMA CORROMPE

Eu sigo empreendendo uma batalha por melhorias nos serviços psiquiátricos, mas não me tornaria um profissional de saúde mental, não agora, quando o sistema AINDA não funciona.

Além disso, é UM SISTEMA. Não seria possível mudar um sistema trabalhando para o tal sistema. Vai contra a lógica.

Sistemas são feitos de HIERARQUIA. Quem entra no sistema se torna parte do sistema, pois tem que obedecer a hierarquia. Eu tenho ideias melhores. Sou um estrategista. Não cometo esse erro.

De fato, vários amigos meus, pacientes psiquiátricos, estão se tornando profissionais de saúde mental. Receio que venham a fazer parte do sistema e que no futuro eu esteja lutando contra eles. Eles não têm ideia de como o sistema ENGOLE. Hoje são meus amigos. No futuro, talvez, estejam me amarrando numa cama e dizendo que é o melhor.

Esse é um dos motivos que me fazem me empenhar para quebrar esse sistema falho o quanto antes.

(Esta publicação é uma reflexão, uma atualização, uma exposição de estratégias. Longa, eu sei. Assim são estratégias. Não são para ser lidas por preguiçosos. Nada mais que um preparo para uma batalha a ser desenvolvida contra o sistema público de saúde mental, um sistema que corrompe.)

19.11.12

"Vocês não acham que os médicos psiquiatras deveriam checar pressão arterial, batimento cardíaco?..."

Eu estarei levando aos encontros da Luta Antimanicomial várias das interessantes considerações dos leitores.

Uma consideração extremamente relevante enviada por um leitor(a) anônimo(a):

"Vocês não acham que os médicos psiquiatras, justamente por serem médicos, deveriam checar pressão arterial, batimento cardíaco, ascultar os pulmões do paciente durante a consulta?? Mesmo porque, os medicamentos para quaisquer transtorno mental interferem nos sinais vitais, ou seja, arritmia, hipotensão, depressão respiratória,
ect."


No momento não tem sido possível minha participação nos congressos e encontros, pois estou focando todo meu tempo nos estudos para poder voltar ao mundo do trabalho formal, mas logo estarei discutindo várias questões que têm sido negligenciadas.

Por exemplo: certos estados do nordeste e do norte brasileiro recebem menos verbas que os estados do sudeste. Essa foi a constatação que tive ao conversar com meus contatos do nordeste e do norte. Nada justifica essa discriminação.

Além disso já está mais do que na hora de a psiquiatria ortomolecular ser inserida no sistema público de saúde mental. Assim como homeopatia, pois a falta de medicina mais avançada não pode ser tolerada em pleno 2012. Aliás, este é um dos motivos que me fazem me recusar veementemente a seguir qualquer tratamento no setor público. Não aceitaria nem psicólogo do setor público.

É o momento de passarem uma Lei obrigando todo curso de medicina a inserir uma extensão do curso para formação dos profissionais em medicina ortomolecular e homeopatia. A formação é de MÉDICO, e não de pau mandado da indústria farmacêutica. Médico não deve saber apenas passar fármacos. É necessário conhecer outras alternativas.

Deveria ser obrigatório que todos os psiquiatras da saúde pública tivessem uma excelente formação e fossem conhecedores de várias formas de tratamentos alternativos.

É necessário que os profissionais do setor público de saúde mental tenham uma formação BEM mais extensa. O setor público não pode ser cabide de emprego de gente acomodada.

A disputa política que acontece na liderança da Luta Antimanicomial também atrapalha o progresso da saúde mental. É necessário discutirmos nos congressos e encontros a total unificação da Luta Antimanicomial, extinguindo de vez qualquer traço de divisão entre "Movimento Nacional da Luta antimanicomial" e "Movimento Inter-núcleos da Luta Antimanicomial". Pois disputas políticas só causam BAIXAS, e as baixas são os usuários de saúde mental.

Essa é a minha mensagem.

17.11.12

Meu boletim escolar

Dessa vez compartilho meu boletim escolar da sétima série.



Clicando aqui você poderá ver o meu boletim numa outra janela, onde poderá clicar de novo para visualizar em tamanho maior.

Legenda: Eu tirei 7 "D" e 1 "E". "E" é a mínima nota possível, ou seja, ZERO. Na verdade, eu tirei 8 ZEROS, mas como eu FIZ as provas da maioria das matérias, tirei "D", pois frequência conta nota.

Meu "E" em Matemática foi porque eu simplesmente FALTEI no dia da prova. Mas não era justo o apelido que me colocaram. Eu não era "turista"!

Onde se lê Educação Artística, fique claro que não era aula de desenho. Eu nunca tive aulas de desenho na escola. Outra matéria em que me sai bem foi O.S.P.B, mas eu nem sei o que é isso!

Ah sim, "Apto", que podemos ver no fim do boletim, quer dizer APROVADO.

No final do ano, eu só fiquei de recuperação em matemática. Meus colegas de escola tinham ficado em 2 ou 3 matérias e estavam espantados!

Eles tinham certeza de que eu seria REPROVADO DIRETO. Ficaram mais espantados quando eu passei de ano! Eu sabia que podia reverter uma situação que parecia impossível.

Eu tive vários amigos pacientes psiquiátricos que morreram por tomar medicação psiquiátrica por muito tempo, portanto medicação psiquiátrica a longo prazo é um ERRO. Eu não sou conivente com coisas erradas.

Da mesma forma que achavam impossível eu passar de ano, há quem ache que é impossível um doente mental considerado perigoso, como eu, mostrar que os métodos de tratamento de saúde mental estão TODOS ERRADOS, e DESENVOLVER uma solução para o problema, há quem ache que é impossível que um doente mental cuja mente é considerada confusa, como eu, possa fazer o que os doutores não fizeram. Mas eu vou fazer isso.

E vou fazer isso SOZINHO, pois os bem-intencionados que conhecem os problemas do tratamento mental sentem medo, talvez seja um medo natural, NORMAL, mas NÃO TERIAM esse medo se tivessem passado 10% do que passei.

Você não teve nenhum surto psicótico como eu tive, se é que o que eu passei foi surto psicótico. Eu já conheci vários pacientes psiquiátricos mundo afora. Os que passaram pelo que eu passei perderam qualquer toque com a realidade e com o mundo exterior. São considerados paranoicos IRRECUPERÁVEIS. A maioria MORREU.

Apenas percebo que você não conheceu minha história. Eu apenas publiquei uns pedacinhos, você não poderia conceber.

Pode dizer que eu sou megalomaníaco, não me importa nem um pouco. O PROBLEMA em questão é MEGALOMANÍACO. É um PROBLEMÃO. É ENORME.

Os psicotrópicos deveriam ser substituídos por tratamentos alternativos, como a medicina ortomolecular ou homeopatia. o fato dessa substituição não acontecer se deve aos altíssimos lucros gerados pelos psicotrópicos, lucros para a indústria farmacêutica, principalmente. Portanto esse sistema se baseia na FRAUDE.

Eu não voltaria a tomar psicotrópicos porque os efeitos colaterais foram piores do que qualquer coisa que já passei em minha vida. Os efeitos colaterais me faziam me sentir um perigo, e eu vou considerar a forma que eu sentia sobre mim mais válida que a opinião de todos os doutores do mundo juntos. Eu não poderia viver em sociedade, devido aos pensamentos e impulsos incontroláveis causados pelos efeitos colaterais.

Psicotrópicos só deveriam ser usados a curto prazo, pois seus efeitos são devastadores.

Essa é a resposta ao comentário do leitor da última publicação. Agradeço pela leitura e divulgação da luta por melhor atenção da saúde mental.

15.11.12

Minhas dificuldades na escola e a deficiência do sistema educacional

Abaixo podemos ver minhas provas da época da escola.

Era super comum eu tirar essas notas. E era desanimador, pois eu sempre aprendi num ritmo diferente da maioria das pessoas, eu aprendo num ritmo muito mais lento. Mas o sistema de ensino não estava preparado para lidar com um aluno como eu. E ainda não está.


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Ao ver essas provas, com esses resultados desanimadores, lamento dizer que se eu fizesse essas provas hoje em dia tiraria zero novamente, pois não tenho a menor ideia das respostas! Convenhamos, o sistema pede respostas mecânicas.

Com esses resultados, obviamente sai da escola. Claro que eu não teria nenhuma chance no mundo competitivo da educação capitalista com tanta dificuldade, tirando tais notas.

Felizmente, apesar de eu aprender de maneira muito lenta, eu sou bom trabalhando com lógica.

E hoje em dia, me vejo forçado a buscar a maior formação educacional possível, pois depois de ser excluído em hospícios por bastante tempo, a única forma de conseguir levar adiante a vida é com a melhor formação educacional possível.

13.11.12

Do hospital psiquiátrico para o CAPS = Da frigideira para o fogo!

Do hospital psiquiátrico para o CAPS = Da frigideira para o fogo. Depois de denunciar as graves falhas dos CAPS por anos, essa foi a sensação que tive ao voltar ao CAPS.

Mesmo totalmente sem dinheiro e sem nenhuma perspectiva, recusei continuar trabalhando no projeto da Secretaria de Saúde e Defesa Civil dentro das instituições psiquiátricas.

Ora, se eu continuasse trabalhando dentro de instituições psiquiátricas, eu teria um dinheirinho, é verdade, mas teria uns impedimentos terríveis. Eu ia ter que ficar na encolha, eu ia ter que entrar nos ESQUEMAS.

Foram várias as vezes em que vieram me intimidar por eu denunciar coisas erradas na instituição em que eu trabalhava.

Foi a gota d'água quando, logo depois de eu fazer reclamações na assembleia do CAPS, fui informado de que estava proibido de fazer certas coisas no CAPS. Fala sério!

A forma de seleção de diretores, coordenadores e supervisores de CAPS é muito desorganizada, portanto eu sequer poderia culpar a direção do CAPS, pois sei que fizeram isso por puro despreparo e por não estar a altura do serviço.

Mas não adiantaria eu mudar de CAPS, pois os gestores são os mesmos! E esse é um problema de gestão. Enquanto não mudar lá em cima, não adiantará tentar mudar embaixo.

Portanto, para que eu possa seguir falando sobre as falhas das instituições psiquiátricas SEM CENSURA eu me vi obrigado a me afastar de TODAS as instituições psiquiátricas.

Ora, eu participo de discussões sobre instituições psiquiátricas. Não poderia deixar de denunciar as irregularidades da instituição em que atuo para proteger quem trabalha nela. Seria ANTI-ÉTICO de minha parte.

Escrevi várias vezes sobre falhas recorrentes do sistema psiquiátrico: pessoas são amarradas nos hospitais psiquiátricos como se fossem animais raivosos. Os pacientes mal têm direito de falar sobre os problemas que os levaram ao surto.

Eu estou determinado a mudar essa situação. Sozinho. Pode dizer que é loucura. Pode dizer que estou doente. Não me incomoda. Eu fui rotulado como doente mental perigoso por doutores, por que ia me incomodar em ser chamado de doente mental por pessoas comuns?

Isso é apenas mais uma motivação para que eu possa MOSTRAR que não sou perigoso e que sou um ser humano que merece oportunidades, sem discriminação, como manda a Lei. como já disse, HOSPÍCIOS É QUE SÃO UM PERIGO PARA A SOCIEDADE.
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12.11.12

O destino de quem sai de um hospital psiquiátrico / hospício / manicômio

Ao sair de internação num hospital psiquiátrico pela primeira vez eu me deparei com o péssimo acompanhamento, de 3 em 3 meses. Por isso eu fiz de tudo para ser internado de novo.

(Não tive nenhum "ciclo" de doença como disseram, eu fiz o que devia ser feito. Faria de novo. Ademais não dá para ficar sem ser internado com um acompanhamento tão ruim. Esse papo de "ciclo de transtorno" não tem o menor sentido.)

Porém ao sair da segunda internação, eu fui obrigado a constatar que eu estava TOTALMENTE FERRADO. Não era mais aceito normalmente onde eu trabalhava, era visto com desconfiança, eu era considerado um perigo para a sociedade.

O impressionante é que os horrores do hospício são tão grandes que os profissionais de saúde mental deveriam de se envergonhar de tratar seus pacientes como animais raivosos.

Enfim, me vi com o maldito rótulo de doente mental que os profissionais de saúde mental criaram para seus pacientes. Aí vi que eu tinha poucas opções para meu futuro, pois sabia que não seria fácil ser um cidadão novamente, eu estava com o nome sujo.

Ao sair dos portões do maldito Sanatório Rio de Janeiro, eu via minhas opções de vida:
Naturalmente não seria possível me empregar nos tipos de trabalhos que me contentavam, ou seja, trabalhos simples, de ajudante, etc. Infelizmente eu tive que pensar no que vários pacientes que estavam internados comigo pensaram: eles pensavam em partir para o crime, pois sabiam que sua cidadania estava destruída. Como iam conseguir emprego?

Vários anos depois de ter saído da segunda internação eu nem pensava em compartilhar esses nossos tristes planos, pois achava bem vergonhoso. Hoje compartilho pois sei que mais vergonhoso é jogar pessoas em manicômios e destruir sua cidadania.

Alguns companheiros de internação, de fato, partiram para o crime, por não ver outra saída. Um deles foi preso e jogado num lugar pior do que o hospício comum: foi jogado no manicômio judiciário.

Porém havia outras duas opções: me conformar e passar o resto da vida fingindo que estou me tratando com um sistema que NÃO FUNCIONA, como muitos fazem. Ou me restava a última opção: uma opção mais difícil que ser jogado no criminoso manicômio judiciário e mais difícil que me conformar.

Esta última opção é a que eu escolhi: explicar para os profissionais de saúde mental que eles estão equivocados e que seus métodos de tratamento NÃO FUNCIONAM. Mas para fazer isso eu teria que ir com muita calma, pois os profissionais de saúde mental pareciam estar sinceramente convencidos que seus métodos funcionavam.

Por isso eu passei cerca de dez anos falando com profissionais de saúde mental, participando de congressos e conferências, conversando com lideranças, escrevendo SITES e BLOGS, etc.

Infelizmente, em vez de haver melhoras, houve PIORAS. Diminuiu-se o número de médicos nos serviços de saúde mental, a qualificação piorou, etc.

E mais de 10 anos depois eu fui internado no melhor hospital psiquiátrico público do Rio de Janeiro, o Instituto Philippe Pinel, e pude ver que os mesmos barbarismos que eram feitos antes continuavam sendo feitos. Nada havia mudado.

Pelo que eu vi, eu terei que, pessoalmente, REESCREVER as formas de tratamento psiquiátrico, reinventar com detalhes, para que fique BEM CLARO que os métodos psiquiátricos, NÃO FUNCIONAM e que esse sistema de tratamento mental precisa ser colocado na gaveta PARA SEMPRE. E isso vai dar mais trabalho ainda! Meu Deus!
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10.11.12

Internado no Vietname

Não sei como fui parar no Vietname, mas, depois de ser pego pela polícia federal, fui jogado num hospício. Assim começou meu sonho, de sexta para sábado.

Esse hospício vietnamita era um prédio grande, mas muito mal conservado e sujo, localizado numa área super afastada, como são feitos os hospícios. Quando fui liberado do hospício vietnamita, tive que andar um bocado até chegar num ponto de ônibus.

Lá dentro, o tratamento absurdo comum aos hospícios: técnicos de enfermagem gritando e zombando dos pacientes e toda aquela rotina absurda que continuará existindo enquanto a sociedade permitir que continue existindo internação involuntária.

Aliás, tal rotina de abusos continuará existindo enquanto usarem internações para depositar indivíduos que causam incômodo, pois no sonho minha internação foi COMPULSÓRIA, ou seja, fui preso por ser imigrante ilegal. Acreditaram que seria melhor para imagem do país jogar um imigrante ilegal num hospício do que prendê-lo e deportá-lo. Eu preferia ser preso.

Ao acordar, vejo a notícia sobre a construção de um novo hospício, em São Paulo. A forma em que eles passam por cima da Reforma Psiquiátrica me dá nojo.

Agora eles chamam hospícios de Institutos. Instituto Nise da Silveira, do Rio de Janeiro, o maldito hospício onde fui amarrado tantas vezes, Instituto Philippe Pinel, outro hospício carioca onde também fui amarrado e agora estão criando um novo hospício em São Paulo, o Instituto de Álcool e Drogas (IAD).

Antes as pessoas diziam "lugar de maluco é no hospício" agora vão dizer "lugar de maluco é no instituto".

Sinceramente, uma sociedade séria e responsável se preocupa em melhorar as escolas, e não criar novos depósitos de seres humanos, que é o que são esses malditos institutos, esses manicômios modernos.

7.11.12

Suicídio ou assassínio?

O suicídio é uma das coisas mais desoladoras. O que leva uma pessoa a cometer auto-destruição?

Não apenas pessoas com DEPRESSÃO CLÍNICA cometem suicídio. Pessoas com transtorno bipolar do humor também chegam a tirar a própria vida, assim como esquizofrênicos. Enfim, qualquer pessoa aflita com sofrimento psíquico pode chegar a fazer isso.

Quando a pessoa chega a esse ato extremo, a pessoa está buscando sair de uma dor suprema ou está buscando se punir, por achar que merece punição por variados motivos que geraram culpa ou frustração. Muitas vezes pessoas se suicidam por não ver mais esperanças.

Normalmente a ideia do suicídio assusta uma pessoa mais ou menos lúcida. O solilóquio de Hamlet, de William Shakespeare, descreve bem os medos do desconhecido que passam na cabeça de uma pessoa lúcida que contempla a ideia do suicídio.

O problema é que a maioria daqueles que chegam a cometer suicídio já estavam tão perturbados pela dor psíquica que nem lhes sobrava pensamento lúcido. ISSO É O QUE MAIS ME PREOCUPA!

Publiquei neste blog o triste POEMA DA MORTE, que me ocorreu quando me via sob pensamentos suicidas provocados pelo uso de uma medicação prescrita de forma errada por um psiquiatra. Isso para chamar a atenção para o fato que pessoas cometem suicídio por causa de efeitos colaterais de psicotrópicos.

(Tais ideias de suicídio nunca tinham me ocorrido antes, nem nos piores momentos de meu passado).

Daí uma pessoa que se suicidou sob efeitos de psicotrópicos não se trata apenas de um caso de suicídio, mas de ASSASSÍNIO, pois o profissional de saúde mental que prescreveu a medicação que levou a pessoa a morte sem dúvida deveria ser responsabilizado como causador da morte.

E que as pessoas fiquem atentas: se começar a pensar em suicídio depois de começar a tomar uma medicação, PARE DE TOMAR A MEDICAÇÃO IMEDIATAMENTE!!

Se os pensamentos suicidas persistirem CORRA PARA UMA EMERGÊNCIA MÉDICA, PEÇA AJUDA!!!

A coisa acontece de maneira bem sutil! A frequência dos pensamentos suicidas acontece devagar, quase imperceptível, ardilosa, insidiosa, crescente, e a coisa é mais perigosa do que se imagina.
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2.11.12

POEMA DA MORTE

Sou amante da vida, mas casado com a morte
Enquanto sinto prazer na vida quem eu amo de verdade é a morte
Quem me completa é a morte...
Escondo a vida no armário e espero a morte
E ela logo chegará...


Escrito em 7 de junho de 2009, época em eu sofria com os horríveis efeitos colaterais do lítio.

Um dos efeitos colaterais era PENSAMENTOS SUICIDAS. Felizmente eu sabia que tais PENSAMENTOS SUICIDAS eram causados pelo psicotrópico lítio, prescrito por um psiquiatra, num GRAVE ERRO MÉDICO.

Eu guardei o poema para publicar num momento que não estivesse sob drogas deprimentes, como estou agora. Isso para alertar as pessoas dos perigosos efeitos colaterais dos psicotrópicos, principalmente quando psiquiatras cometem erros médicos, como esse grave erro médico desse psiquiatra iniciante.

Sem dúvida psicotrópicos podem ajudar, mas devem ser usados com cuidado, com parcimônia, com um acompanhamento médico bem DE PERTO.

31.10.12

Combatendo a discriminação social do sistema psiquiátrico público (A Catherine)

O Jornal do Brasil Online publicou uma matéria sobre um homem de 44 anos que se mudou de Bonsucesso, Zona Norte do Rio, para a calçada defronte ao Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas Centra-Rio, localizado em Botafogo, na Zona Sul carioca. O homem fez isso para receber um tratamento razoável para sua dependência do crack e da cocaína, pois não tem dinheiro para pagar um bom atendimento particular.

Evidentemente há o Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas RAUL SEIXAS, que fica bem próximo da casa do paciente supra-citado, mas o atendimento é muito deficiente, faltam recursos materiais e humanos. Como o CAPS Centra-Rio fica na parte rica do Rio de Janeiro, o atendimento é muito melhor que o da parte pobre.

Os profissionais dos CAPS e instituições psiquiátricas da Zona Sul não gostam de atender quem mora na Zona Norte, e o atendimento psiquiátrico na Zona Norte é muito precário, pois nenhum rico mora na Zona Norte, Zona Norte não é turística.

Acho que não preciso dizer que eles não gostam de atender pessoas da Zona Norte por DISCRIMINAÇÃO. Pois o sistema público de saúde mental é dividido em ÁREAS.

Minhas duas últimas internações foram em Botafogo, Zona Sul do Rio. Eu moro na parte pobre do Rio, não em Botafogo. Os profissionais do Instituto Philippe Pinel, de Botafogo, não queriam que eu continuasse internado lá. E simplesmente me mandaram embora do Instituto Philippe Pinel, dizendo que eu não poderia continuar lá.

Na última internação fizeram meus familiares assinar um "termo de responsabilidade", dizendo que eu não poderia ficar lá, mas que os familiares teriam que assinar um "termo de responsabilidade"! Percebe o absurdo? Eles apenas se livraram da responsabilidade e do incômodo de ter um paciente pobre!

Eu só aceitaria ser internado em Botafogo, por ter um mínimo de recursos. E se decidirem que eu preciso de internação eu exijo que o direito de sair DE ALTA, e não para abrir vaga para alguém de classe alta. Na última vez eles queriam me transferir para um dos piores hospícios do Rio de Janeiro.

Assim, se for internado, eu deixo de morar com a família até sair da internação, pois assim ninguém pode dizer que eu estou fora de minha área, pois quando não se mora em lugar nenhum não se tem área. Assim eu os forçaria a atender de acordo com a Lei, que garante que TODOS têm direito ao melhor tratamento do sistema, sem distinções. Muitas vezes me obrigaram a ficar internado. Dessa vez eu os obrigaria a atender uma pessoa pobre com um mínimo de dignidade! Isso também é uma estratégia na luta por direitos.

Por isso eu disse que se eu for internado involuntariamente me recuso a receber familiares, recuso qualquer envolvimento de familiares. Entende a lógica? Não seria porque eu estou com raiva da família ou algo desse tipo. Um dos motivos é que eles não sabem lidar com esses assuntos de direitos como eu sei, são pessoas que não conhecem as Leis que eu conheço tão bem, muito menos sabem planejar como eu e são facilmente manipuladas.

O homem mencionado na matéria do Jornal do Brasil Online passou a morar na calçada não apenas por falta de dinheiro para a passagem, como a matéria diz, mas principalmente pelo motivo que eu coloquei. Aparentemente se trata de uma matéria política contra o prefeito atual. Infelizmente parece ser uma matéria sensacionalista.

Veja a matéria:
Jornal do Brasil
Nota: detesto o governo desse prefeito do Rio, mas não acho justo uma matéria como essa do Jornal do Brasil, que parece sensacionalista e tendenciosa .

30.10.12

Quem é internado involuntariamente está mais sujeito a maus tratos (A Catherine)

Dando sequencia a ESTRATÉGIAS NA LUTA POR DIREITOS, aqui mostro porque internação involuntária deve ser ABOLIDA.

Eu disse que NÃO AUTORIZO NINGUÉM A ME INTERNAR. Logo, se eu for atendido num hospital psiquiátrico, estarei saindo de lá logo e NÃO FICAREI CONTRA MINHA VONTADE. Se não respeitarem minha vontade, me recuso a sair, e faço um rebuliço para NÃO SAIR.

Isso também é uma estratégia para me garantir um pouquinho de direitos numa situação psiquiátrica, onde o paciente se vê numa posição peculiar. Ora, se eu sou paciente tenho DIREITO a ter minha fala respeitada, e se eu digo que não quero ficar internado isso tem que ser respeitado SEM DISCUSSÃO.

É que quando a internação é involuntária, a pessoa está mais sujeita a maus tratos. Quando eu fui internado em 2010, eu assinei minha internação. Logo, foi VOLUNTÁRIA. Como a internação foi voluntária, eu fui tratado com muito mais humanidade.

Porém, ao ser internado em 2012, a internação foi INVOLUNTÁRIA. Não foi respeitado meu direito a presença médica. Fui amarrado numa cama e depois fui arrastado para a enfermaria como um saco de batatas.

Internação involuntária nada mais é do que um pretexto para privar o paciente dos seus direitos a fala. Logo, o paciente fica PRESO até concordar com as ideias dos doutores. E para que os doutores cheguem ao objetivo de que suas ideias sejam acatadas eles recorrem a MAUS TRATOS.

Para mim, NÃO EXISTE LOUCURA MAIOR do que concordar com isso. Não dá para ficar indiferente, e eu não vou ficar.

Essa diferença no tratamento é fácil de explicar: quando a pessoa é internada involuntariamente eles DIZEM que a pessoa estava inconsciente e totalmente fora de controle, e incapaz de responder por si. MENTIRA MALDOSA!

Em 2010 eu estava totalmente confuso, e mesmo assim entendi o que a psiquiatra me falou na internação VOLUNTÁRIA. Em 2012 eu estava totalmente CIENTE, inclusive pedi água (que foi negada, é claro). Logo, numa internação involuntária nenhuma reclamação da pessoa tem validade, como se quisessem dizer, "É um louco, não sabe o que diz, não tem que ser ouvido".

Ao ser internado voluntariamente em 2010 eu tive até direito a presença médica, como diz a Lei. Quando a internação é VOLUNTÁRIA, eles não podem usar nenhuma justificativa para maltratar um paciente psiquiátrico, pois o argumento de que a pessoa estava incapaz de entender seria facilmente desmentido como farsa. (Ora, se a pessoa assinou uma internação por que não entenderia?)

Eu nenhum momento eu disse, "NÃO QUERO QUE MEUS FAMILIARES ME INTERNEM". Eu disse "NINGUÉM ESTÁ AUTORIZADO A ME INTERNAR, NINGUÉM ESTÁ AUTORIZADO A FALAR POR MIM, POIS NÃO DOU PROCURAÇÃO A NINGUÉM". Internação ou deve ser voluntária ou deve ser expedida por um JUIZ.

Simples assim. Um juiz é O ÚNICO que pode determinar se uma pessoa deve ser internada, num julgamento JUSTO. Pois ninguém pode ser privado da liberdade, senão por motivo de CRIME. É a Lei. É uma Lei que não é respeitada em atendimentos psiquiátricos , mas ainda assim é Lei.

Escrevo isso antes, pois assim ninguém poderá dizer, no futuro, que estou fazendo rebuliço por estar em crise, pois eu AVISEI ANTES. Isso é uma OUTRA ESTRATÉGIA. Muitas vezes consideram as ideias de um paciente psiquiátrico como doença. Ora, minha estratégia NÃO É DOENÇA. Minha estratégia é para que ninguém se veja sendo internado como se fosse um bicho irracional. Minhas estratégias e pensamentos vêm do LIVRE ARBÍTRIO. Podem me prender, mas não podem controlar minha forma de pensar.

Por isso eu digo, NÃO VOU MUDAR MINHA IDEIA. PODEM ME DROGAR, ME PRENDER, ME BATER. MEU PENSAMENTO NÃO É DOENÇA, LOUCO É QUEM MANTÊM PESSOAS PRESAS NUM HOSPÍCIO CONTRA A VONTADE.

Verão que poderão me manter preso no hospício, mas não mudarei minha ideia. Não mudarei principalmente para que ninguém pense que drogas psiquiátricas e confinamento curam a cabeça das pessoas. Ao fazer isso, sem dúvidas, eu estarei contribuindo para o progresso da ciência.

SE NÃO RESPEITAREM MEU DIREITO DE NÃO PERMANECER NUMA INTERNAÇÃO, AÍ SIM É EU VOU FAZER LOUCURAS, E NÃO EXISTE NENHUMA DROGA QUE POSSA ME FAZER MUDAR DE IDEIA.
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29.10.12

O Paciente psiquiátrico deve sair da internação sozinho - As estratégias da batalha por direitos (A Catherine)

Quando eu disse que caso eu fosse internado me recusaria a sair: foi uma estratégia. Ou melhor, uma série de estratégias, que vou explicar de maneira mais clara, pois acho que é importante que as pessoas entendam.

Na verdade, caso fosse internado, só sairia da internação se dessem a alta em minhas mãos. É uma estratégia perfeita na luta por direitos. Pois geralmente eles dão a alta nas mãos de familiares, ou seja, se não houver um familiar, eles não querem dar alta. Fazem isso por considerar o paciente psiquiátrico INCAPAZ. Ora, pacientes psiquiátricos NÃO SÃO INCAPAZES.

Ora, se eu recebo alta, eu posso sair do hospício sozinho. E se não sou capaz de sair do hospício sozinho não tenho que receber alta. Por isso me recusaria a sair. Lógica simples. Essa estratégia não é nenhuma loucura. Assusta, sei, mas algum paciente psiquiátrico precisa fazer isso, ou não teremos direitos respeitados. Essa é minha estratégia para que direitos a autonomia sejam garantidos.

Não dar alta nas mãos dos pacientes psiquiátricos é absurdo. Quer dizer, se o paciente não tiver família ele fica preso, internado para sempre? Ou vai para uma dessas residências terapêuticas? Horrível, pois essas residências terapêuticas nada mais são que hospícios disfarçados, onde o indivíduo é VIGIADO 24 horas por dia. Por isso que, em pleno 2012, ainda existem alas psiquiátricas NA SURDINA, passando a falsa ideia de que estão fazendo caridade ao confinar pessoas.

Decidi editar e melhorar esta publicação em resposta a Catherine, pessoa super preocupada com situação da saúde mental atual. Ela escreveu a publicação os outros, onde levantou questões e colocou ideias importantes sobre a visão do paciente psiquiátrico.

Não precisa se preocupar comigo. Estou bem. Essas publicações são apenas uma preparação para qualquer emergência INESPERADA, pois caso haja alguma emergência faço questão que meus direitos sejam respeitados. É importante sabermos lutar pelos nossos direitos a RESPEITO e AUTONOMIA, e eu estou fazendo isso.

Continuo tratando do tema amanhã, explicando outros pontos estratégicos.

26.10.12

Liberdade gera progresso

Na terça-feira a tarde me deparei com esse pássaro bem na minha porta. Não sei se é pombo, urubu ou pardal, não entendo de pássaros.


Interessante é que logo depois começou a chover. Aparentemente ele tinha se machucado e decidiu se abrigar. Parece que os pássaros pressentem a chegada da chuva. Minha entrada tem uma pequena área coberta, dá para proteger da chuva.

O bichinho estava com uma asa machucada. Quando eu me aproximei dele o bicho tentou correr, de tão assustado. O pavor que ele tem de humanos é impressionante. Eu tinha pensado em ajudar, mas logo percebi que a única ajuda que ele queria era NÃO SER PERTURBADO.

eu pensava, "O que esse bicho come? Ele deve estar com fome. O que eu faço?"

Eu não precisava ter me preocupado. Logo o passarinho arrumou comida. Atacou alguns insetos e comeu, numa boa.

Como ele estava na minha porta, eu tinha que passar por ele todo o tempo. Tive que aprender a passar devagarinho, pois o medo que o passarinho sente dos humanos é incrível! Ele TENTAVA sair correndo, mancando, coitado! Não teria a menor chance de fugir se eu quisesse pegá-lo!

Por fim o medo que ele tinha de mim diminuiu.

Na quarta-feira ele já estava melhor.


Nessa quarta-feira ele já começou a dar uns pequenos voos.

Na quinta-feira ele foi embora.

Na sexta-feira ele voltou! (Não sei por quê.)

Eu apenas usei o exemplo do pássaro para chamar a atenção que as pessoas podem progredir sozinhas, sem a intromissão dos outros. Ou seja, ninguém deve querer ajudar ninguém a força. Me refiro principalmente aos psiquiatras e profissionais de saúde mental que ACHAM que estão ajudando as pessoas com internações involuntárias e medicações administradas contra a vontade do paciente.

Liberdade gera progresso.

23.10.12

Sem corrupção não haveria tanta pobreza nem doenças crônicas

Depois de um grande crescimento econômico, os Estados Unidos enfrentaram uma grande crise que afetou todos os países do mundo. Ironicamente, essa grande crise foi chamada de GRANDE DEPRESSÃO. Uma coincidência, já que sabemos que depressão é considerado hoje uma doença mental, um transtorno mental. Porém, a Grande Depressão se assemelha mais a um TRANSTORNO BIPOLAR, pois os Estados Unidos estavam com a economia aquecida, tudo ia muito bem, havia uma grande euforia, e DE REPENTE, houve a grande Crise de 1929.

Hoje os Estados Unidos adquiriram tanto poder que praticamente nem é possível haver outra crise tão grande. Mas mesmo assim, os Estados Unidos confessam que 15% da população é pobre. (Fonte: THE ECONOMIST = "A report published last month by the US Census Bureau finds that 15% of Americans are currently living in poverty."

Porém o governo brasileiro diz que 53% da população brasileira está na classe média. Os dados do governo federal são absurdos: de acordo com o governo, 50% das pessoas da classe média moram em favelas e 5% das pessoas que moram em favelas são da classe alta! Veja a fonte: G1 = "Pelo menos metade das famílias que moram em favelas e ocupações no Brasil pertence à nova classe média, segundo levantamento do G1 com base em dados sobre renda do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números apontam ainda que quase 5% dessa fatia da população estaria na classe alta."

CLARO que essa pesquisa tem como único objetivo ENGANAR a população e ganhar disputas políticas.

O governo considera classe média famílias com renda per capita entre R$ 291 e R$ 1.019 por mês, ou seja, se você é uma mãe solteira e recebe um salário mínimo de R$ 622,00 e tem um filho para sustentar você faz parte da classe média! Pois R$ 622,00 dá R$ 311,00 per capita, R$ 311,00 para você e R$ 311,00 para seu filho! Fonte: G1 = "A Secretaria de Assuntos Estratégicos considera classe média famílias "com baixa probabilidade de passarem a ser pobres no futuro próximo", com renda per capita entre R$ 291 e R$ 1.019 por mês."

De acordo com o governo só é pobre quem recebe menos de R$ 291,00! Você concorda com isso?

LÓGICO que esses dados são tendenciosos, pois quem recebe menos de R$ 291,00 está numa situação de POBREZA EXTREMA. Uma família que conta com um salário mínimo per capita por mês é MUITO POBRE. Quem conta com dois salários per capita por mês que pode ser considerado pobre de facto.

Logo 47% da população recebe menos de R$ 291,00 por mês, 47% da população se encontra em POBREZA EXTREMA!

Compare que, em 1984, 65% da população estava desnutrida, de acordo com o livro de história do Professor Nelson Piletti, p. 171.

Hoje 47% da população vive na POBREZA EXTREMA e é enganada por políticos oportunistas.

Obviamente, se não houvesse tanta corrupção e MANIPULAÇÃO DA INFORMAÇÃO, não haveria tanta pobreza, nem haveria doenças crônicas, pois convenhamos: doenças crônicas surgem quando uma população se alimenta mal devido a MÁ DISTRIBUIÇÃO DE RENDA.

Câncer, depressão e outras doenças mentais surgem quando uma população está oprimida pelas injustiças sociais.

22.10.12

Fome, miséria e violência causam doenças - Acredite: há quem diga que não!

Para começar, eu vou falar de mim mesmo, apenas para dar voz a várias pessoas que gostariam de dizer o que vou colocar a seguir.

Em 1984 eu tinha 7 anos e "dois em cada três brasileiros passavam fome e cerca de 1000 crianças de até um ano morriam de fome diariamente", como está indicado no livro de história de Nelson Piletti, A coisa estava tão difícil que na época se falava de SORO CASEIRO o tempo todo, pois desnutrição fazia parte da ROTINA do brasileiro.

Nasci numa época em que mais de 70 milhões de brasileiros estavam DESNUTRIDOS, ou seja, cerca de 67% dos brasileiros estavam desnutridos. (fonte: HISTÓRIA DO BRASIL, de Nelson Piletti, p. 171).

Eu coloquei primeiro a situação do país, para que ninguém diga que eu estou culpando meus pais pelas minhas dificuldades. Eu passei minha primeira infância numa casa pobre, cheia de goteiras, num bairro pobre, ruas de terra batida... às vezes não tinha quase nada para comer. Nunca vou esquecer o primeiro bombom que comi na vida. Foi o Lollo da Nestlé, que hoje em dia se chama Milkybar. Esse bombom veio de uma caixa de bombons que meu pai achou no lixão do Jardim Gramacho.

Um psiquiatra me perguntou se antes do primeiro surto eu tinha me sentido "borocoxô" alguma vez, ou seja, me perguntou se em algum momento de minha vida eu tinha me sentido deprimido, desanimado... minha resposta foi simples: NUNCA! Pois ao ver a luta de meus pais eu só conseguia sentir uma vontade de me superar e MUDAR tal situação.

Mas eu tinha sentido fome, e até senti medo quando apontaram uma arma para me matar, mas essas perguntas o psiquiatra não perguntou. E infelizmente os psiquiatras que encontrei NÃO ESTAVAM INTERESSADOS em ouvir minha história, estavam interessados em fazer um diagnóstico, CRIAR UM RÓTULO.

(Psiquiatras diziam que eu falava demais e que preferiam que meus familiares falassem por mim, pois eles eram "DIRETOS e sem enrolação").

Uma pessoa pode desenvolver psicoses por passar por situações inesperadas de violência SIM. Tanto que existe o TRANSTORNO DO ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO. Ora, uns caras mascarados chegaram na minha casa de madrugada para me matar, isso não seria um motivo para desenvolver psicoses? Os doutores iam entender o que eu estou dizendo se passassem por isso na adolescência, como eu passei.

Me parece que nunca passou pela cabeça de muitos psiquiatras que as pessoas podem ter desenvolvido doenças por não ter tido uma boa alimentação, por não ter tido uma alimentação DIGNA.

Por isso eu luto tanto para que a psiquiatria ortomolecular se torne acessível A TODOS. Pois a psiquiatria ortomolecular trata as doenças mentais através de nutrientes. De acordo com o Dr. Marco Aurélio Behar Ramos, doenças mentais surgem POR FALTA de determinados nutrientes.

Já imaginou se, em vez de distribuírem medicação em instituições psiquiátricas, distribuíssem alimentação saudável? Muitos mal têm o que comer, mas são obrigados a tomar psicotrópicos! Já imaginou se distribuíssem comida saudável nos CAPS como parte principal do tratamento?

A maioria das pessoas que encontrei internadas nos hospícios comigo teve uma infância de pobreza extrema. Muitos perderam os dentes ainda novos, outros sofreram abusos graves em sua infância. Se algum deles ficou "borocoxô" na infância, com certeza teve muitos motivos REAIS para isso.

É INCRÍVEL que cientistas tentem provar que algumas pessoas estão PREDESTINADAS a ficar doentes, pelo o que eles chamam de GENÉTICA. Se eles estudassem a história de cada paciente tal ideia sequer lhes ocorreria.

A propósito, se eles estudassem a HISTÓRIA DA HUMANIDADE saberiam que fome causa doenças SIM.

Costumo dizer que se esses psiquiatras sofressem metade das coisas que seus pacientes sofreram na infância sequer chegariam na vida adulta, pois o que eu tenho observado é que os pacientes psiquiátricos são até MAIS FORTES.

Infelizmente a maioria dos médicos sequer conhecem o que é fome, pois geralmente médicos vêm de famílias de classe alta, ou de classe média. (Dificilmente pessoas da tal "nova classe média" poderiam se tornar médicos).

Nem preciso dizer que praticamente nenhuma das pessoas que cresceu na mesma situação de miséria em que eu cresci pôde se tornar médico. Alguns poucos se tornaram professores, mas não sei de nenhum que se tornou médico.

Eu queria fazer medicina aos 18 anos ou aos 20 e poucos anos, como as pessoas de classe alta fazem, mas ao pesquisar sobre o curso vi que era IMPOSSÍVEL. Vi que se eu quisesse fazer medicina eu teria que JUNTAR MUITO DINHEIRO ANTES, pois quem entra numa faculdade de medicina não pode trabalhar, pois o curso de medicina é em TEMPO INTEGRAL, ou seja, é o DIA TODO.

Ora, eu comecei a trabalhar aos 13 anos para poder comprar o que eu meus pais não podiam comprar, logo, é claro que meus pais NÃO PODERIAM ME AJUDAR A A ME MANTER NUM CURSO DE MEDICINA, e eu ia precisar de ajuda, sem dúvida.

Totalmente injusto, mas é essa nossa realidade. Todo mundo sai perdendo com essa INJUSTIÇA SOCIAL. Pois com certeza muitas pessoas pobres poderiam se tornar ÓTIMOS MÉDICOS. E quantas doenças seriam evitadas se todos pudessem ao menos ter uma alimentação digna em sua infância!

Lógico, eu ME RECUSO A DAR O BRAÇO A TORCER PARA A INJUSTIÇA. E de forma alguma desisti de meus projetos. Continuo trabalhando para realizá-los. É que meu principal projeto é IGUALDADE.

Acho que nem preciso dizer que meu principal sonho de infância NÃO ERA SER MÉDICO. Meu sonho de infância era ser como meus heróis de infância. Mas acontece que a maioria de meus heróis de infância eram médicos. E os que não eram curavam pessoas.

Mas não quero ser um dos poucos que conseguem realizar seus projetos. Não quero ser nenhum "exemplo de superação". Não quero superar ninguém. Quero superar A MIM MESMO. Quero que todos consigam, pois estou certo que há lugar para todos.
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21.10.12

Amor X Modernidade

Ao ser atendido por doutores da saúde mental, me perguntei: "Será que querer um amor verdadeiro é loucura?"

É que os doutores falavam como se eu tivesse tido um surto por não ter tido uma vasta vida sexual.

Eu realmente mal sei beijar, mal sei abraçar uma mulher, mas não foi por insegurança minha. Eu apenas nunca me envolvi apenas para APRENDER A FAZER AMOR, NEM PARA APRENDER A TER PEGADA, como dizem na modernidade. Prefiro aprender a AMAR de verdade as pessoas.

Eu posso não ser lindo, mas lógico que várias mulheres procuraram se relacionar comigo desde que eu era garotinho (e me disseram isso de forma BEM DIRETA E CLARA, do contrário eu não entenderia, não sou muito esperto para essas coisas). Eu apenas não quis usá-las.

Meu objetivo sempre foi amor sério e vai continuar sendo assim. Não gosto de usar pessoas. Sei que sou bobo, mas quero continuar assim. Esse sou eu. É minha individualidade. Eu não a troco por nada.

Prefiro ter certeza de que quando eu digo para a mulher que me atrai que gosto muito dela estou sendo sincero.

Prefiro amar de uma forma antiquada e platônica do que pegar várias mulheres de uma vez e não amar nenhuma.

Por fim, tenho a certeza de que quem eu amo pode estar a mais de 2000 km de distância, mas eu a amo mais do que muitos que vivem junto. Isso me faz me sentir melhor do que pegar um monte de gente.

Por isso hoje, tenho certeza que as ideias que me passaram não têm sentido. Por isso acho que cada um deve ter sua opinião pessoal sobre o amor e o sexo, e que psiquiatras e psicólogos não devem dar palpites na vida amorosa e sexual das pessoas.
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18.10.12

Psiquiatra fala sobre psicopatas no programa do Jô

No século passado, PSICOPATIA era chamada de SOCIOPATIA, pois acreditava-se que as doenças mentais eram causadas por problemas SOCIAIS. (Eu pessoalmente concordo com a teoria do século passado).

Com o advento da moderna psiquiatria biológica, abandonou-se as ideias que colocavam os sofrimentos psíquicos e desvios de comportamento como problemas sociais. Enfim, a psiquiatria moderna TENTA provar que violência, crime e fome não causam doenças. Sem comentários.

A Doutora Ana Beatriz Barbosa Silva fala sobre o assunto psicopatia no vídeo abaixo. Inclusive ela disse acreditar numa CURA. Falando sério: acho bom os psiquiatras TOMAREM CUIDADO com o que estão tentando fazer, no que estão querendo acreditar.

Nenhum psicopata quer ser CURADO. Anders Behring Breivik não queria. Qual seria a cura? Lavagem cerebral? Vocês acham que isso seria ético?

Há várias pessoas que querem se curar de suas doenças e os psiquiatras se recusam a tratar por não considerar doença. Ora, quem pode dizer se algo é doença ou não é quem sofre com a doença. Se a pessoa diz que está sofrendo ela não diz isso por preconceito. Pensem nisso, psiquiatras. E parem de tentar curar quem não quer ser curado.

Abaixo do vídeo há a TRANSCRIÇÃO de alguns trechos do vídeo para quem tem dificuldade de entender os termos técnicos, ou mesmo dificuldade de compreender o sotaque brasileiro.



Trechos da entrevista:
Jô Soares: - O psicopata já nasce assim?
Doutora Ana Beatriz Silva: - Já nasce com essa tendência. O nome dá margem para muitas dúvidas. Psicopatia parece PATIA de PATHOS (πάθος), DOENÇA da MENTE, da PSIQUE (ψυχή), que não é realidade. O termo psicopata restringe as pessoas que tem um tipo de personalidade. É uma maneira de ver e ser, no qual o outro não representa nada. O outro é só um instrumento para ele obter diversão, status ou poder.

Jô Soares: - Não causa o menor sentimento de culpa qualquer coisa que ele faça que prejudique essa outra pessoa?

Doutora Ana Beatriz Silva: - Uma das coisas que as pessoas confundem muito é "todo psicopata é um criminoso, um matador", Não. A grande maioria NÃO É, a grande maioria são pessoas inescrupulosas, pedófilos, políticos corruptos contumazes, religiosos em pele de cordeiros, mas são grandes lobos.

Jô Soares: - Mas eles acreditam que são cordeiros?
Doutora Ana Beatriz Silva: - Eles sabem fazer a cena muito bem. A psicopatia é 100% razão, 0% emoção. Eles nascem com o SISTEMA LÍMBICO não funcionando. Eles não tem essa sensibilidade, essa empatia de se colocar no lugar do outro. Se a gente for fazer uma comparação com música, seria assim: o psicopata não entende a melodia, mas ele sabe a letra. Racionalmente ele sabe exatamente o que ele tem que dizer para te agradar, mas ele não tem o sentimento.

(...)

Jô Soares: - Há uma certa confusão, eu mesmo já fiz essa confusão, algumas vezes, devido a livros em inglês em que separam o PSICOPATA do SOCIOPATA. O sociopata sendo o assassino o que só faz mal a sociedade. Essa caracterização não é correta?

Doutora Ana Beatriz Silva: - Não. Durante muito tempo a gente teve uma grande influência, no século passado, da psicanálise. dentro da psicanálise tudo era derivado a uma criação, a uma educação. O próprio autismo sofreu esse preconceito. Mães ficavam apavoradas, porque elas eram tidas como mães gélidas, geladas e por isso que o filho ficava assim. A gente sabe que não. Já nasce com esse funcionamento. O psicopata é a mesma coisa. E durante o século passado se via muito essa questão de que tudo era social. O homem nascia bom e a sociedade o distorcia e o tornava mau. (...) Então não cabe mais hoje o termo sociopata.

Esse livro foi escrito NÃO para os psicopatas, porque não tem tratamento até hoje. Esse livro foi escrito para 96% das pessoas que foram vítimas dos psicopatas.

Jô Soares: - Tem tratamento essa doença?

Doutora Ana Beatriz Silva: - A psicopatia pura, genuína não. Por exemplo, a Doença de Parkinson. A gente conseguiu um grande progresso instalando microchips que fazem o funcionamento dos núcleos da base. Quem sabe, em pouco tempo, a gente não consiga uma tecnologia que faça esse sistema límbico começar a funcionar.

17.10.12

Minha história em quadrinhos: Detetive Horácio combate as drogas

Continuação da história do Detetive Horácio: SURGE UM VILÃO

Na história, o vilão Paulo Drogado convence um jovem usar drogas para ganhar forças para enfrentar problemas. Eu fiz a história em minha adolescência. Mal sabia eu que psiquiatras agem como o vilão Paulo Drogado: eles dão drogas aos pacientes para que ganhem forças para enfrentar problemas da vida.

Caso não tenha visto o começo da história, CLIQUE AQUI!






Veja o começo da história SURGE UM VILÃO

Que essa história deixe claro para algumas pessoas: EU ODEIO DROGAS.

NUNCA EM MINHA VIDA EU ACEITAREI O USO DE DROGAS ENTORPECENTES OU NARCÓTICOS COMO SOLUÇÃO A LONGO PRAZO DE DOENÇAS. NUNCA EM MINHA VIDA ACEITAREI O USO DE PSICOTRÓPICOS COMO TRATAMENTO A LONGO PRAZO. O uso de psicotrópicos só deve ser feito temporariamente, no mínimo espaço de tempo possível.

16.10.12

História em quadrinhos que fiz na adolescência mostra COMO EU ODEIO DROGAS

Desde criança eu sempre detestei DROGAS. Quando tive meu primeiro surto psiquiátrico, me espantei ao ver que eles tentavam tratar doenças mentais com DROGAS. Para mim não fazia sentido. Já em minha adolescência eu fiz uma história em quadrinhos contra as drogas. Nesta história, o herói, Detetive Horácio, combate o vilão Paulo Drogado, que explora pessoas através das drogas.

Veja a história intitulada SURGE UM VILÃO:





Para ver a continuação da história, CLIQUE AQUI!

14.10.12

Psiquiatra fala das vantagens do tratamento sem medicação através da medicina ortomolecular

O Dr. Marco Aurélio Behar Ramos fala sobre psiquiatria ortomolecular, e expressa sua crença de que, no futuro, todos os médicos usarão a medicina ortomolecular.

Vejam a entrevista que passou no Programa Abraão Winogron, do Rio Grande do Sul.

O vídeo da entrevista está lá embaixo.

Trechos da entrevista:

Abraão Winogron: "Nós podemos tratar uma pessoa com depressão de uma forma mais moderna? Ou tudo que nós temos são os mesmos medicamentos que tínhamos há cinquenta anos atrás?"

Psiquiatra Dr. Marco Aurélio Behar Ramos: "A medicina ortomolecular trata a CAUSA da depressão. O medicamento (psicotrópicos) só administra a depressão. Ele pega os neurotransmissores da reserva e joga na corrente sanguínea. Que nem uma poupança, tira dinheiro da poupança e gasta... chega uma hora que vai acabar o dinheiro da poupança. Com os neurotransmissores é a mesma coisa. Tanto que 25% das pessoas ficam refratárias antidepressivas. chega um momento em que nenhum mais funciona.
(...)
Através dos cabelos se vê uma carência de nutrientes.
(...)
Os nutrientes não têm efeito colateral.
(...)
Isso acontece (?) quando há um exagero na dose do medicamento. Então ele vai perdendo o efeito com o tempo. Precisa ser aumentada a dose, às vezes ele perde o efeito, aí tem que ser acrescentado um segundo um terceiro... e aí a pessoa vai ficando como se fosse presa.

(...)

Hoje em dia têm muitas pessoas usando doses baixas de antidepressivos. Mas tirando a libido. (Os psicotrópicos tiram a libido). Podem dar problemas de constipação. Pode dar secura na boca. Pode dar tontura, tirar sono, é muito comum... Tem uma quantidade enorme de efeitos colaterais. E com os nutrientes não existe isso. Quando se trata a causa da depressão. Pode ser feito paralelamente ao uso do medicamento. Quando chega um paciente tomando medicamento eu NÃO TIRO imediatamente o medicamento. Eu ACRESCENTO NUTRIENTES.

Eu acredito que no FUTURO todo médico vai fazer isso. Vai usar sua prática e mais os conhecimentos da ortomolecular. Que é a reposição de nutrientes como faz o clínico geral quando repõe ferro. O ortomolecular faz reposição do zinco, do cromo da B12, do lítio orotato, que é um lítio natural que vem na água, do iodo, do potássio, do cálcio.

(...)

O que se pensava que era doença genética é nutricional. A pessoa nutrida, o gene não se manifesta."

Fantástica a entrevista! Obrigado, doutor! Isso só CONFIRMA o que venho dizendo: doença mental é PROBLEMA SOCIAL. Pessoas que se alimentam mal o fazem por problemas sociais. Vale a pena assistir a entrevista.



O Dr. Marco Aurélio Behar Ramos atende na Avenida Carlos Gomes, 328/512, Porto Alegre/RS-Brasil.

Tel: (51) 3328 0804

Site: http://www.marcoaurelio.med.br
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13.10.12

Tudo para você - Poema de Rochamor

Rochamor é um poeta, cujo livro eu pude ler em minha adolescência. Eu guardei em minha coleção de arquivos alguns dos poemas dele. O livro pertencia a um de meus consanguíneos, e eu acredito que se extraviou.

Hoje em dia, não consigo me identificar com o poema. Amo uma mulher e não gostaria de ser alguém que a abandonou, como o poeta diz. Não. Não faz sentido. Na verdade, tenho medo de que ela ache que eu a abandonei em algum momento. Às vezes acho que tenho medo de ser esse indivíduo. Como eu ia querer ser alguém que fez uma coisa dessas? Na verdade, eu chego a ter MEDO de tê-la zangado de alguma forma. Se o fiz, não foi minha intenção.

Me sinto um tanto sem jeito, pois já falei TE AMO para tantas mulheres. Sinto que banalizei o termo TE AMO, ao dizer isso para essas mulheres do passado, pois o que sinto por essa pessoa única não pode ser comparado.

De fato, amei cada uma delas. Mas essa tem algo especial e único. É como se fosse uma parte de mim. Não sei explicar, e entendo se as pessoas não compreenderem. Ela causa em mim algo que nenhuma outra pôde causar. Está muito além da beleza física descrita pelos poetas, difícil de explicar.

O que sinto por ela é tão forte, mas não é opressor, é um sentimento bom, mas eu até ficaria sem jeito ao tentar descrevê-lo, pois se alguém me dissesse que ama dessa forma no passado eu riria e zombaria da pessoa.

Não é como aquelas paixões dos poemas, por isso nem me identifico mais com a maioria dos poemas. Mas por ter dito TE AMO a tantas mulheres, me sinto sem jeito para dizer a ela. Pois não gostaria que, de forma alguma, ela se visse como uma outra do passado.

TUDO PARA VOCÊ

Eu queria ser tudo para você
A água que bebes, o solo que pisas
Conduzir seus passos ao anoitecer
Estar contido em tudo que você precisa

Eu queria ser uma canção de amor
Para conhecer todo seu passado
Ser aquele ser que te abandonou
Deixando seus olhos tristes e molhados

O vento que açoita seus lindos cabelos
A chuva que molha seu corpo suave
Conhecer a fundo o mundo inteiro
Pra ensinar-lhe tudo o que você não sabe
A fé que conforta seu pensamento
Quando a saudade ferir seu coração
A lembrança que lhe traz contentamento
E a lágrima causada por grande emoção

Eu queria ser sua escuridão
Para protegê-la onde você for
Eu queria estar na sua ilusão
Para enfeitar seus sonhos de amor
Eu queria ser seu maior desejo
Pra satisfazer as suas vontades
Aquecer meu frio no calor do seu beijo
E ultrapassar o limite da nossa amizade

eu queria ser mais que seu grande amigo
Pra te falar sem medo, da minha paixão
Mas não queria ser seu triste sorriso
Por não merecer seu jovem coração