29.9.14

Depressão: "eu só vivo preocupado com dinheiro e detesto minha vida"

Essa moça, Brandy, raciocina de maneira incrível.

(Texto abaixo extraído, traduzido e adaptado do vídeo
Failure= Death? 5/29/12 - 6:20)

"Tem gente que teve uma infância terrível e coisa e tal, e tem motivos para ficar arrasado. Eu só vivo preocupada com dinheiro e detesto minha vida. Isso me faz sentir que eu não tenho motivo para me matar."

Deprimida pelo fato de não ter motivos para querer se matar, Brandy tentou suicídio uns dois dias depois... O que eu fiquei refletindo é que, talvez o fato de algumas pessoas desprezarem seus motivos seja DE FATO o motivo...

People have bad childhoods and stuff, and may have reasons to be fucked up. Me all I do is worry about money and hate my life. (...) Make I feel like I don't have no reason to kill myself.

28.9.14

Conheça Níger, país do renascimento

"Descubra Níger. Um país de fraternidade, trabalho e progresso."
Essa é a mensagem da propaganda do governo de Níger. No vídeo, aparece um Níger de dar água na boca, maravilhoso mesmo!

discover niger, country of rebirth



Porém, de acordo com a Wikipédia:

"O Níger é um país em desenvolvimento, e é consistentemente a nação a apresentar o mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com um total de 0,337 pontos,4 obtendo a 187ª classificação entre os países pesquisados, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)."

Essa é uma postagem para que as pessoas possam aprender a não se fascinar com propaganda, principalmente propaganda do governo! Mas na propaganda do governo tudo parecerá maravilhoso SEMPRE.

Se souber ler inglês, veja também World's Poorest Countries.

Vale lembrar também que três quartos do Níger são ocupados pelo deserto:

[Le Niger est un immense territoire (...) d'un million deux cents soixante sept mil kilomètres carrés. Le trois quarts de cette superficie sont occupé par le désert.]

Le Niger Vie & Vue

27.9.14

Porque sou contra concurso público

Houve debate para o governo do Rio da sexta (26/09/2014) ara o sábado (27/09/2014), e as críticas à saúde não faltaram; e com razão, pois a saúde do Rio está um desastre.

"Pezão também foi criticado por Lindberg sobre a administração da saúde no Estado, que é feita por OSs (Organizações Sociais). De acordo com o candidato do PT, desde o início das OSs, não houve concursos públicos para a área da saúde, e os funcionários passaram a ser indicados por deputados que estariam por trás das OSs."

Fonte: Líder nas pesquisas, Pezão é o principal alvo de ataques em debate da Record

Não me agradam essas organizações sociais, porém, agradam-me menos ainda os concursos públicos. Isso porque concurso público não avalia a capacidade do profissional para sua área, mas apenas avalia a capacidade do profissional de DECORAR matéria.

Concurso público para médico e policial então, é absurdo!

Ver que um médico é bom para conjugar verbos e fazer contas não permitirá ver se ele é bom para operar, por exemplo. Além disso, um médico que perde seu tempo decorando português e matemática dificilmente será bom em sua especialidade, pois um bom médico DE VERDADE usa seu tempo para se aperfeiçoar em sua especialidade e não perde tempo com decoreba. Só isso.

Debate TV Record - Rio de Janeiro - 26/09/2014 - Eleições 2014

26.9.14

LUCA ERA GAY - TRADUÇÃO DA POLÊMICA MÚSICA ITALIANA

Primeiro vou deixar o vídeo e o texto em italiano da música e em seguida a tradução em português.



LUCA ERA GAY
INTRO:
Luca era gay e adesso sta con lei Luca parla con il cuore in mano Luca dice
sono un altro uomo,

1 STROFA:
Luca dice: prima di raccontare il mio cambiamento sessuale volevo chiarire che
se credo in Dio non mi riconosco nel pensiero dell’uomo che su questo
argomento è diviso,
non sono andato da psicologi psichiatri preti o scienziati sono andato nel mio
passato ho scavato e ho capito tante cose di me
mia madre mi ha voluto troppo bene un bene diventato ossessione piena delle
sue convinzioni ed io non respiravo per le sue attenzioni
mio padre non prendeva decisioni ed io non ci riuscivo mai a parlare stava fuori
tutto il giorno per lavoro io avevo l’impressione che non fosse troppo vero
mamma infatti chiese la separazione avevo 12 anni non capivo bene mio padre
disse è la giusta soluzione e dopo poco tempo cominciò a bere
mamma mi parlava sempre male di papà mi diceva non sposarti mai per carità
delle mie amiche era gelosa morbosa e la mia identità era sempre più confusa

RITORNELLO:
Luca era gay e adesso sta con lei Luca parla con il cuore in mano Luca dice
sono un altro uomo
Luca era gay e adesso sta con lei Luca parla con il cuore in mano Luca dice
sono un altro uomo

2 STROFA:
sono un altro uomo ma in quel momento cercavo risposte mi vergognavo e le
cercavo di nascosto c’era chi mi diceva “è naturale” io studiavo Freud non la
pensavo uguale
poi arrivò la maturità ma non sapevo che cos’era la felicità un uomo grande mi
fece tremare il cuore ed è li che ho scoperto di essere omosessuale
con lui nessuna inibizione il corteggiamento c’era e io credevo fosse amore sì
con lui riuscivo ad essere me stesso poi sembrava una gara a chi faceva meglio
il sesso
e mi sentivo un colpevole prima o poi lo prendono ma se spariscono le prove poi
lo assolvono cercavo negli uomini chi era mio padre andavo con gli uomini per
non tradire mia madre

2° RITORNELLO:
Luca era gay e adesso sta con lei Luca parla con il cuore in mano Luca dice
sono un altro uomo
Luca era gay e adesso sta con lei Luca parla con il cuore in mano Luca dice
sono un altro uomo

SPECIAL:
Luca dice per 4 anni sono stato con un uomo tra amore e inganni spesso ci
tradivamo io cercavo ancora la mia verità quell’amore grande per l’eternità
poi ad una festa fra tanta gente ho conosciuto lei che non c’entrava niente lei mi
ascoltava lei mi spogliava lei mi capiva ricordo solo che il giorno dopo mi
mancava
questa è la mia storia solo la mia storia nessuna malattia nessuna guarigione
caro papà ti ho perdonato anche se qua non sei più tornato
mamma ti penso spesso ti voglio bene e a volte ho ancora il tuo riflesso ma
adesso sono padre e sono innamorato dell’unica donna che io abbia mai amato

RITORNELLO FINALE:
Luca era gay e adesso sta con lei Luca parla con il cuore in mano Luca dice
sono un altro uomo
Luca era gay e adesso sta con lei Luca parla con il cuore in mano Luca dice
sono un altro uomo

LUCA ERA GAY

INTRODUÇÃO
Luca era gay, mas agora está com ela
Luca fala com o coração na mão Luca diz: "Sou um outro homem"
1 STROFE:
Luca diz: "Antes de contar a minha mudança sexual
Gostaria de esclarecer que se creio em Deus não me reconheço no pensamento do homem que se divide sobre este assunto
Não fui a psicólogos, psiquiatras, padres ou cientistas
Fui lá no meu passado, escavei e entendi tanta coisa sobre mim
Minha mãe me queria tão bem que este bem se transformou em obsessão
Cheia das suas convicções, eu não respirava por causa da sua atenção
Meu pai não tomava decisões e eu não era mais capaz de falar
Estava fora o dia todo para trabalhar e eu tinha a impressão de que aquilo não era de verdade
Mamãe pediu a separação quando eu tinha 12 anos
Eu não entendia bem
Meu pai disse que era a decisão certa, mas pouco tempo depois começou a beber
Mamãe sempre falava mal de papai, me dizia para não me casar jamais por caridade
Das minhas amigas, tinha um ciúme doentio. Minha identidade era sempre muito confusa
1 CORO
Luca era gay, mas agora está com ela
Luca fala com o coração na mão
Luca diz: "Sou um outro homem"
Luca era gay, mas agora está com ela
Luca fala com o coração na mão
Luca diz: "Sou um outro homem"
2 ESTROFE
Sou um outro homem, mas naquele momento procurava por respostas
Me envergonhava e as procurava escondido
Havia quem me dissesse "é natural"
Eu estudava Freud, não pensava igual
Depois chegou a maturidade
Mas não sabia que coisa era a felicidade
Um homem grande me fez tremer o coração
Foi ali que descobri que era homossexual
Com ele, não havia inibição em cortejar
E eu acreditava que era amor
Com ele, fui capaz de ser eu mesmo
Parecia uma competição de quem era melhor no sexo
Eu me sentia um culpado que cedo ou tarde é preso
Mas se as provas desaparecem, logo o soltam
Eu procurava nos homens quem era meu pai
E andava com os homens para não trair a minha mãe
2 CORO
Luca era gay, mas agora está com ela
Luca fala com o coração na mão
Luca diz: "Sou um outro homem"
Luca era gay, mas agora está com ela
Luca fala com o coração na mão
Luca diz: "Sou um outro homem"
ESPECIAL:
Luca diz: "Por quatro anos estive com um homem entre o amor e o engano
Muitas vezes nos traíamos
Procurava ainda a minha verdade
Aquele grande amor para a eternidade
Em uma festa, no meio de tanta gente, conheci ela
Não se intrometia, me escutava, me despia, me entendia
Lembro apenas que, no dia seguinte, eu senti saudade
Esta é a minha história, apenas minha história
Nenhuma doença, nenhuma cura
Caro papai, te perdoei mesmo que não tenha voltado aqui
Mãe, penso em você sempre, te quero bem
E, às vezes, ainda tenho o seu reflexo, mas agora
Sou pai e sou apaixonado pela única mulher que já amei
CORO FINAL:
Luca era gay, mas agora está com ela
Luca fala com o coração na mão
Luca diz: "Sou um outro homem"
Luca era gay, mas agora está com ela
Luca fala com o coração na mão
Luca diz: "Sou um outro homem"

25.9.14

Tantas coisas para escrever, tão poucos recursos...

Há muitas coisas importantes que eu gostaria de postar, muita informação importante; documentários traduzidos sobre hospitais psiquiátricos, sobre transexualidade, etc. Mas me faltam recursos.

Meu computador está com pouca memória, o que o faz muito lento, o teclado está falhando, o mouse está falhando... além disso, minha casa está totalmente sem estrutura: entra chuva e tem infiltração constante, o que facilita o acúmulo de bichos.

Muitas vezes, os bichos que não podem ser vistos são tantos que não dá para dormir em casa, e aí eu sou obrigado a dormir em pé na rua, ou ficar acordado em casa para não ser mordido.

Eu tenho planejado formas de buscar recursos. Uma delas foi vender revistas em quadrinhos. Criei o blog Mundo Interpretado, onde algumas revistas em quadrinhos são exibidas, e poderiam ser vendidas. Mas como está difícil acessar, vou passar bastante tempo na rua também, para vender no boca-a-boca, que será mais eficiente.

Assim, seguirei buscando recursos para financiar meus trabalhos sociais.

24.9.14

Preconceito contra meu trabalho

Esta é a continuação da postagem Lidando com o preconceito.

Meu objetivo ao estudar idiomas não era me tornar poliglota, não era falar várias línguas. Meu objetivo era conhecer o MÁXIMO POSSÍVEL de códigos e linguagens, para usar em meu trabalho na luta por um mundo melhor. Eu queria ser um DETETIVE, um INVESTIGADOR.

Eu não poderia investigar com uma lupa de aumento, como o Sherlock Holmes fazia, pois eu nem tinha condições de comprar tal lupa. Assim, como eu poderia chegar a desvendar mistérios e crimes quando não tinha a menor noção de onde comprar os equipamentos usados por um detetive como o Sherlock Holmes? Foi "A Aventura dos Bonecos Dançantes", ou Os Dançarinos que resolveu meu dilema. Nessa história dos bonecos dançantes, Holmes decifra um código feito com bonecos dançantes... a partir daí eu passei a estudar idiomas e todas as formas de linguagens para me capacitar a entender de linguagem humana ao ponto de poder usar tal conhecimento em investigações.

Eu estudo muito História Mundial e História do Brasil com esse mesmo objetivo:
INVESTIGAR a verdade do que levou a tantas guerras e miséria hoje em dia. Meus estudos me deram bons resultados. Poucas pessoas sabem, mas meus conhecimentos linguísticos me permitem conhecer alguns produtos falsificados, por exemplo. Esse conhecimento já me foi útil várias vezes.

As pessoas confundem TRABALHO com GANHAR dinheiro. Eu estou duro, mas trabalho duro; não faço fortunas, mas sei do impacto de cada tradução que eu faço sobre transtornos mentais, sei do impacto de cada transcrição que pode ajudar vários estudantes de idiomas. Sei que eu não ganho nada com isso, mas sei que esse meu TRABALHO é tão útil quanto o trabalho de um gari, de um professor, de um advogado honesto, e MUITO MAIS útil que o trabalho de um agiota, mais útil que o trabalho de um pedreiro que SUPER-FATURA uma obra. mais útil que o trabalho de um policial que vive extorquindo pessoas, MUITO MAIS ÚTIL que o trabalho de um político desonesto que vive desviando verbas, muito mais útil que o trabalho de um doutor que faz VISTA GROSSA para as irregularidades e maus tratos dos hospitais psiquiátricos.


Por que mentem tanto para os pacientes psiquiátricos?
Num outro momento, no mesmo CAPS, eu estava tomando 1 comprimido de haloperidol 5 mg, mas estava certo que podia ficar bem com uma dose menor. Falei sobre isso com os doutores.
- Esse comprimido é a menor dose que existe e não dá para partir.
Que gente mentirosa, eu pensei. Eu já tinha tomado, antes, em outro lugar, haloperidol de 1 mg, e em outra ocasião uma psiquiatra me prescreveu meio comprimido de haloperidol de 5 mg. Seria melhor se os doutores me dissessem que não gostariam da ideia de diminuir a dose, em vez de falar tal mentira. Esse é o problema do mentiroso:
ao inventar uma mentira, ele não toma o cuidado de estipular a possibilidade de a pessoa já conhecer os fatos.


Casamento
Charles Darwin e Albert Einstein se casaram com primas de primeiro grau; eu acredito que eles fizeram isso por acreditar que a família deles tinha uma inteligência superior por causa da genética, portanto se eles casassem com primas teriam maiores chances genéticas de ter filhos mais inteligentes...
Eu sempre prefiro basear-me na racionalidade, prefiro basear minhas opiniões em estatísticas e fatos concretos. Eu sei que há estatísticas que mostram que há vários casos de primos que casam entre si e tios que casaram com sobrinhas, principalmente em cidades pequenas. Num mundo onde se luta em regularizar o casamento de pessoas do mesmo sexo, isso não deveria ser tabu.
O motivo pelo qual eu nunca casaria com uma sobrinha não seria por achar errado, é que eu já tive que tolerar meus irmãos por anos de minha vida. Casar com uma sobrinha seria continuar tendo que tolerar de uma certa forma! Além disso, eu sou totalmente apaixonado pela beleza das mulheres brancas, sou apaixonado pela pele das mulheres brancas, eu e meus irmãos somos todos negros. apesar de haver igualmente mulheres lindas de pele escura ou amarela, ou de qualquer outra cor. Apesar de minha opinião ser baseada na razão, minha paixão não tem explicação... ou talvez tenha, pois, às vezes, eu tenho a impressão que quase todas as pessoas se sentem mais atraídas por relacionamentos inter-raciais, e só não admitem isso por um RACISMO encubado. Não seria o mais normal as pessoas acharem mais bonito o diferente de si mesmo, como eu, como homem, acho mais bonito a sexualidade de uma mulher, por ser diferente da minha sexualidade?

Vantagens do casamento
De acordo com a Wikipédia, Charles Darwin fez uma lista com as vantagens e desvantagens do casamento. Eu busco procurar ver uma vantagem em tudo. Se eu fosse me casar, seria com uma mulher que eu amo muito. O que pode ser mais vantajoso do que passar a vida com quem se ama? Por essa mulher valeria a pena fazer tudo que fosse possível...
Charles Darwin colocou que uma desvantagem do casamento é que seria uma total perda de tempo. Bem, eu acho que ele não gosta de mulher. Meu problema é o contrário. Eu sou totalmente fiel, mas sou simplesmente APAIXONADO pelo corpo feminino, acredito que o corpo da mulher é a coisa mais fantástica que existe, não estou dizendo isso por ser homem, mas porque é um fato. Eu já tive conflitos com minha identidade sexual, mas mesmo nesses conflitos eu continuava achando o corpo da mulher uma maravilha. PORQUE É UMA MARAVILHA. Eu vivo me perguntando por que esses grandes cientistas nunca se interessaram em estudar essa maravilha, que é o corpo da mulher. Podemos chegar na lua, mas o maravilhoso corpo da mulher continua pouco explorado.

Vantagens do celibato
Como eu disse, eu busco ver vantagem em tudo, e seria muito difícil encontrar algo que pudesse compensar a falta da mulher de minha vida em minha vida:
Se eu ficar solteiro eu vou me dedicar ao estudo do corpo da mulher CADA VEZ MAIS. Lógico que ficar solteiro também significa me afastar DEFINITIVAMENTE de minha mãe, cortar TODO TIPO DE CONTATO, do contrário, parece que a gente está casado com a mãe!

Quero entender mais do que qualquer ser humano como o maravilhoso corpo feminino funciona, quero pesquisar formas para deixar todas aquelas partes mais saudáveis, etc. Essa seria uma forma de compensar... se eu não puder ser o homem que fará a mulher de minha vida feliz, quero fazer de tudo para fazer a vida de TODAS as mulheres mais feliz. Pelo menos me restará a certeza de que INEVITAVELMENTE ela estará incluída neste "TODAS".

23.9.14

Lidando com o preconceito

Esta é a continuação da postagem A estrada.

Lutar contra preconceitos e discriminação é difícil, é mais difícil ainda quando sofremos preconceitos das pessoas que menos esperávamos, nos locais que menos esperávamos, no momento que menos esperávamos...

No Centro de Atenção Psicossocial, local de atendimento psiquiátrico, aproximou-se de mim uma das pacientes estabilizadas. Eu já conhecia, pois ela já tinha feito curso na escola de informática, onde eu dava aulas no Centro de Atenção Psicossocial. Ela tinha cerca de 40 anos (eu sabia com certeza pois já tinha visto sua ficha), mas era muito mais bonita que muita mocinha de 18 e 20 anos, muito conservada...
Ela olhou para mim, olhou para o livro que eu estava lendo, uma coletânea de peças de teatro de Molière, um de meus preferidos.
- Ah! Um livro, deixe eu ver. Mas está em francês, viu? Para entender francês tem que E-S-T-U-D-A-R, tá? Tem que fazer um C-U-R-S-O.
Apesar de eu tentar explicar para ela que eu já era muito experiente em francês que já tinha lido vários livros, visto vários filmes e programas, falado com vários nativos falantes da língua, aparentemente ela estava convicta que eu estava em algum surto e que eu estava apenas delirando, achando que entendia francês...


Lidando com o preconceito de um sistema preconceituoso
Apenas no ano 2002, aos 25 anos, que eu concluí o ensino fundamental, antes chamado de primeiro grau. Eu concluí o ensino fundamental num programa de educação para jovens e adultos, o que antigamente era chamado de SUPLETIVO. O supletivo possibilitava ao aluno fazer duas séries num ano, ou seja, o aluno podia "passar de ano" no meio do ano. Eu entrei no primeiro semestre de 2002 e no meio desse ano eu concluí o ensino fundamental, pois só me faltava uma série.

Ao terminar o ensino fundamental em 2002, aos 25 anos, o meu psiquiatra da época sugeriu que eu fizesse o ensino médio numa escola técnica, onde eu poderia fazer um curso profissionalizante. Ele justificou essa sugestão dizendo:
"Você conhece vários idiomas, tem um bom conhecimento, por isso acho que você consegue passar."
LÓGICO que eu não consegui passar. Eu sempre tinha sido um péssimo aluno. Tinha sido reprovado na primeira série, na segunda, na sétima e na oitava. Como é que eu ia conseguir passar numa prova de curso técnico, onde concorriam vários excelentes alunos, nerds e CDF's que estudaram nas melhores escolas do Rio? Provavelmente o psiquiatra acreditava mesmo que eu podia passar, pois algumas pessoas devem achar que eu tenho muita facilidade para aprender; inclusive, várias pessoas já disseram "deve ser muito bom para você ter facilidade para aprender idiomas." Meu Deus. Não será esse o maior engano que as pessoas têm ao meu respeito? Eu não tenho facilidade para aprender NADA! Muito pelo contrário. A maioria das pessoas aprende 50 a 100 vezes mais rápido que eu.

E essa dificuldade de aprender complica minha vida, como no caso da menina da escola, a Luciana, quando eu tinha uns 13 anos. Era branquinha, super branquinha, lindíssima... ah eu sonhava com a hora de beijar aquela maravilha! Porém NUNCA tinha beijado nenhuma menina na vida. Um dia eu estava fazendo uma entrega de farmácia num prédio em Copacabana. No elevador, tinha um espelho. E como eu estava sozinho no elevador, decidi treinar beijo, beijando o espelho. Ora, o elevador estava em movimento, não tinha ninguém... eu estava tão distraído no meu treino de beijo, que eu nem percebi quando o elevador parou num andar antes do meu e a porta abriu. Enquanto a porta abria, eu continuava treinando beijo, nem tinha percebido. Só fui me dar conta quando vi as duas meninas, mais ou menos de minha idade, me observando. Parei sem jeito; as meninas se entreolharam, enquanto eu ficava vermelho e queria me esconder no poço do elevador. Daí uma delas perguntou, como se nada tivesse acontecido:
"Está descendo?"
Graças a Deus, estava subindo. Quando a porta do elevador fechou e o elevador subiu, elas devem ter morrido de rir!

Existe uma teoria da psicologia da educação que acredita que algumas pessoas têm QI (Quociente de Inteligência) maior, ou seja, as pessoas com QI maior podem aprender mais, e as pessoas com QI menor não conseguem aprender direito. Na verdade, a ideia do Quociente de Inteligência esconde uma discriminação, uma eugenia, pois todas as pessoas podem aprender TODAS AS COISAS, apenas aprendem de forma diferente, com velocidade diferente; e aprender de forma diferente não significa que tal pessoa tenha maior ou menor inteligência. A inteligência não pode ser medida assim. Talvez a inteligência de cada indivíduo sequer possa ser medida.

Baseado na ideia discriminatória de inteligência superior e inteligência inferior, inventaram umas nomenclaturas que no mínimo fazem a pessoa se sentir rebaixada. Primeiro criaram os termos "idiota", "imbecil" e "retardado", que classificavam as pessoas consideradas menos inteligentes, de acordo com a psicologia. Poucos sabem que as palavras "idiota" e "imbecil" foram criadas por psicólogos e psiquiatras para classificar aqueles que eles acreditavam que tinham inteligência inferior. Depois substituíram os termos "idiota", "imbecil" e "retardado" por "deficientes intelectuais". Quando um médico ou psicólogo "diagnostica" alguém como "deficiente intelectual", está colocando um limite na pessoa, está colocando um bloqueio. Não conhecemos o cérebro tanto para tentar medir a capacidade de aprender das pessoas.

Quando o psiquiatra pensou que eu conseguiria passar numa prova tão difícil, apesar de eu ter sido educado em uma escola de uma região pobre sem recursos, e numa escola de educação rápida para adultos, ele se baseou na ideia de inteligência superior e inteligência inferior da psicologia. Ou seja, ele partiu do pressuposto que se eu tinha aprendido várias línguas eu deveria ter uma boa inteligência. Ele não se preocupou em saber o tempo que eu levei para aprender várias línguas, ele deve ter achado que eu aprendi da noite para o dia ou de um ano para o outro, pois do contrário, como ele ia acreditar que eu ia passar numa prova sem ter tido o ensino de qualidade dos outros candidatos que tinham estudado nas melhores escolas do Rio de Janeiro? Ele pensou baseado no preconceito da psicologia de inteligência superior e inteligência inferior, ignorando as diferentes formas das pessoas aprenderem.

Este sistema educacional preconceituoso mede as pessoas por sua educação formal, e tenta ignorar e desprezar o aprendizado informal autodidata, ignorando o estudo informal.


Lidando com minhas dificuldades de aprendizagem
Desde pequeno, eu já percebi minha dificuldade de aprender, percebi que eu aprendia mais lentamente. Por isso, pensei em uma forma de compensar minha dificuldade:
E se eu fosse 5 vezes menos inteligente que as outras pessoas? Para equilibrar as chances só havia um jeito:
Estudar 5 vezes mais, trabalhar 5 vezes mais!
Pois apesar de aprender muito lentamente, eu tinha uma excelente capacidade de RACIOCÍNIO LÓGICO, de tal forma que da mesma forma que as outras pessoas ficam irritadas com minha lentidão para aprender, eu fico irritado com a lentidão das pessoas de tirar certas conclusões lógicas. E a lógica é clara:
Se eu sou menos inteligente, devo estudar e trabalhar mais, para compensar.

Já com uns 29 anos, eu fazia um curso de férias, de montagem e manutenção de computadores, de uma dessas faculdades privadas. Como eu era o pior aluno, o professor não queria nem me deixar tocar no computador, com medo de eu queimar alguma peça por manuseamento impróprio. A turma achava que eu não tinha jeito para aquilo, que eu nunca aprenderia, aí eu disse:
"Eu demoro mais para aprender que a maioria das pessoas, mas eu aprendo. Eu aprendo muito lentamente, mas mas eu aprendo em progressão geométrica, exponencialmente."
A maioria da turma não entendeu o que significava o que eu disse, mas havia na turma um professor de química, que era entendido em matemática. Ele olhou para mim, com sarcasmo e desprezo, e disse, com um ar irônico:
"Uau! Então você deve ser um super gênio!"
As pessoas geralmente aprendem muito mais rápido que eu, mas em progressão aritmética, enquanto eu aprendo em progressão geométrica, mas mais que isso, em progressão geométrica EXPONENCIALMENTE. O professor de química entendeu, mas talvez eu devesse explicar para você:
Enquanto a maioria das pessoas progridem 1 ponto eu continuo abaixo de 0. Enquanto progridem 2, eu continuo abaixo de 0. E mesmo quando as pessoas progridem 50, eu continuo abaixo de 0... Eu só saio do 0 quando a maioria das pessoas já estão avançadas, com 100 a 0. Depois a minha progressão geométrica começa a ser, pouco a pouco, notada. Os outros fazem 101 pontos, eu faço 1. Os outros fazem 102 pontos, eu faço 2. Os outros fazem 103 pontos, eu faço 4. As pessoas fazem 104 pontos, eu faço 8! Aí começa minha ascensão EXPONENCIAL:
Os outros fazem 105 pontos, eu faço 64 pontos! Os outros fazem 106 pontos, e percebem que já foram ultrapassados, pois aí, exponencialmente, eu já faço 4096!


A ilusão de um sistema educacional preconceituoso
Eu queria criar algo novo, inventar algo novo. E me parecia óbvio que a escola formal não possibilita ninguém a criar algo novo, pois a escola não ensina coisas novas, mas coisas antigas que foram reunidas em livros pelos homens. E mesmo quando a escola passava essas coisas antigas descobertas pelos grandes homens, não ensinava aos alunos como os grandes homens faziam; pois infelizmente me pareceu óbvio que o objetivo dessa escola formal sempre foi CONDICIONAR, deixando o aprendizado REAL para segundo plano. Eu queria me especializar em algo e faze-lo à perfeição. Por isso eu fui pesquisar os homens famosos que tinham criado algo novo, feito alguma descoberta ou faziam alguma coisa a perfeição.

Compartilho algumas de minhas conclusões:

William Shakespeare (1564 — 1616) criou incríveis obras teatrais, como um mestre inigualável. Shakespeare dominava o idioma francês e era um espetacular conhecedor da História Mundial, mas mal tinha o ensino fundamental.

René Descartes (1596 — 1650) formou-se em direito, e não em matemática, física e filosofia, que se tornaram suas especialidades.

Antonie van Leeuwenhoek (1632 — 1723) também mal tinha educação fundamental, mas criou espetaculares microscópios e passou a ser considerado o pai da microbiologia, mas NUNCA tinha estudado biologia numa faculdade.

Charles Darwin (1809 — 1882) tinha estudado um pouco de medicina e teologia antes de fazer suas grandes descobertas sobre evolução, mas ele tinha condições econômicas que realmente facilitavam seus estudos formais, porque ele era de uma família abastada e filho de médico, bem diferente de William Shakespeare e Antonie van Leeuwenhoek, que eram de origem simples. Mas, obviamente, se Darwin seguisse as normas da escola formal, suas descobertas estariam condenadas. Ele fez suas pesquisas escondido da escola formal, pois sabia que seria criticado e proibido, se soubessem. Observe que Charles Darwin NÃO fez NENHUM curso universitário de biologia e nem de filosofia ou naturalismo. Ele completou os estudos de TEOLOGIA. Nenhuma de suas descobertas dependeu da educação formal. Ele seguiu educação formal porque era RICO. Do contrário, ele também mal teria ensino fundamental, como foi o caso de William Shakespeare e Antonie van Leeuwenhoek.

Arthur Conan Doyle (1859 — 1930) estudou medicina, mas acabou se destacando com contribuições à criminalística.

Albert Einstein (1879 – 1955) formou-se em física, mas era filho de um engenheiro, de uma família abastada. Ele dizia que preferiria ter sido um operário...

E o que eu percebi é que ensino universitário MATA a criatividade, pois prende o aluno, tomando seu tempo. POR ISSO que eu sempre evitei educação formal, sempre evitei educação superior. Eu saí da escola apenas com a sétima série; e considero um de meus grandes erros, pois hoje eu estou convicto que deveria ter saído da escola ainda na quinta série. Não tenho dúvida que o tempo que passei fazendo a sexta e a sétima série foi perda de tempo.


Meus estudos
Há cerca de 12 anos, por volta de 2002, depois de eu já ter explorado as línguas mencionadas na postagem A estrada e selecionado algumas para estudar mais profundamente, eu comecei a adicionar mais algumas línguas à minha coleção:
Sueco, hebraico, coreano, chinês, occitano (provençal), híndi, vietnamita, tagalo, swahili, interlíngua, volapuque e ido.

Nos últimos 5 anos eu não adicionei mais nenhuma língua, decidindo-me a focar apenas nas línguas mencionadas.

O coreano, o chinês e o vietnamita são línguas de povos que sofreram muito com a Guerra Fria, são línguas de povos reprimidos, e as línguas de povos reprimidos politicamente são prioridades para mim. A repressão que os povos da Coreia, da China, e do Vietnã sofreram e sofrem, já se vê nas línguas desses países:
Línguas complicadas para aprender, logo, as línguas desses países aumentam as indiferenças.

O hebraico, que era uma língua morta, mas que foi ressuscitado com a criação do Estado de Israel, o volapuque, a interlíngua e o ido, eu apenas vejo como curiosidades linguísticas, pois por se tratar de línguas planejadas, QUASE todos os seus falantes também falam outra língua.

Eu me interessei mais pelo swahili por causa dos personagens dos desenhos, TIMÃO E PUMBA, que eu via muito tempo atrás, em que os personagens costumavam mencionar uma frase do swahili:
"Hakuna matata!"
(Veja, em inglês: ♫ The Lion King - 'Hakuna Matata' Lyrics ♫)

Meu interesse pelo sueco surgiu ao conhecer um garoto, que fazia curso de alemão comigo, que falava sueco.


Minha auto-estima: Nenhuma
O fato de eu dizer que aprendo em PROGRESSÃO GEOMÉTRICA não é por eu ser convencido, é apenas por conhecer a mim mesmo, por ter buscado o auto-conhecimento. É que eu não apenas aprendo em progressão geométrica, mas eu também TRABALHO EM PROGRESSÃO GEOMÉTRICA.

Eu não tenho motivos para ser metido ou vaidoso. Eu venho de uma família bem pobre, houve uma época que catávamos lixo para poder comer. Desde cedo, sofri com problemas dentários. Esses problemas dentários mexem com minha auto-estima mais do que as pessoas imaginam. Desde menor de idade eu já tinha um dente com um buraco enorme que acumulava sujeira, difícil de limpar. Eu me sentia sujo, e com razão. Uma vez, quebrei um dente numa pedra que estava no meio do arroz. Dentes quebrados e furados e falta de condições de tratá-los minam com a auto-confiança de qualquer um. Um buraco em um dente, um dente quebrado com uma gengiva crescendo no meio de um dente quebrado, a dificuldade de limpar, tudo isso faz a gente de sentir um pedaço de lixo.

E quando eu fui jogado num manicômio, eu me senti pior ainda. Diziam que eu estava num hospital, mas não me tratavam, só me entupiam de drogas. Em vários momentos em que eu fui internado em manicômios, eu fiquei vários dias sem escovar dentes lá dentro, não é preciso ser um super gênio para perceber que se houvesse algum tratamento sério nesses manicômios, eles não negligenciariam tanto a HIGIENE DENTAL das pessoas. O que adianta entupir as pessoas de psicotrópicos e não cuidar das outras partes? Que raios de hospital só dá comprimidos e totalmente ignora a saúde geral das pessoas? Como chamar de local de tratamento mental um local que não cuida do CORPO das pessoas? É ÓBVIO que para melhorar a condição mental de uma pessoa é necessário aumentar o seu moral. Como pessoas totalmente desdentadas poderiam ficar bem mentalmente, estando tão abandonadas? Não. Aqueles manicômios NUNCA foram hospitais.

Todas as indiferenças que eu vi nos manicômios me impulsionaram MAIS AINDA a lutar por um mundo melhor, para que no futuro outros jovens não passem por essa situação absurda. Eu tenho muita confiança na área que resolvi me especializar, pois sei que me preparei muito bem, mas não tenho muita auto-confiança. Como teria? Eu confio em MEU TRABALHO, e não em mim. Eu confio no TEMPO que eu levei me preparando.

Qual seria meu trabalho? No que eu teria buscado me especializar desde 13 anos de idade?

CONTINUA em:
Preconceito contra meu trabalho


Primeiro publicado em 18 de abril de 2014.

(八)

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A estrada (A verdadeira vida de Ezequiel)

Prólogo:
Quando eu tinha cerca de 11 anos de idade, eu planejava lançar uma revista em quadrinhos quando adulto. Eu planejava publicar uma revista por mês, por isso calculei quantos números de revistas eu publicaria até o dia de minha morte. Eu estimei o dia de minha morte baseado na idade em que meu pai morreu. como meu pai tinha morrido aos 60 anos, eu calculei quantas revistas eu publicaria até o ano 2037, o ano que, segundo meus cálculos na época, seria o ano de minha morte. Eu não planejava ganhar dinheiro com a revista, apenas publicaria pelo prazer de publicá-la.

Porém, ainda antes de entrar na idade adulta, eu arquivei o projeto, mudando meus planos, pois segundo meus cálculos, eu ia ter que estudar MUITO desenho para expressar em imagem toda a minha imaginação, pois para desenhar o que eu imagino eu teria que ser MUITO melhor que grandes desenhistas de quadrinhos como Walt Disney, Carl Barks, John Byrne, Jim Lee, John Romita e Sal Buscema... aí eu percebi que eu não desejava ser quadrinista ao ponto de trabalhar tanto assim por isso. Eu já tinha noção de quanto esses desenhistas tinham trabalhado para chegar a ser os grandes desenhistas que se tornaram. (Coloquei links [em azul] apenas daqueles desenhistas que talvez não sejam muito conhecidos pelo público geral. Os links são para páginas em inglês, pois não há informações suficientes sobre eles em português.) Eu percebi que a coisa na qual eu queria me especializar já precisava de muito estudo também, tanto estudo que eu não poderia mais devotar tanto tempo ao estudo do desenho sem prejudicar minha prioridade.

Abaixo, quadrinhos que eu fiz em janeiro de 2000, em italiano.


Clique aqui para ver os quadrinhos em outra janela, onde poderá clicar e ver em tamanho bem maior.

A introdução é em inglês, e todo resto da história é em italiano e com uma tradução ao português. Em 1999 eu já tinha escrito algumas histórias em inglês, como "LIFE AFTER WEDDING" e "THE JOB". Eu publiquei THE JOB aqui no blog, mas não vou publicar "LIFE AFTER WEDDING" por causa de alguns poucos erros de inglês; poucos, mas totalmente ABSURDOS, INACEITÁVEIS.

A história "CORRENDO DIETRO ALLE RAGAZZE" é um pouco obscena, por isso não a colocarei aqui por completo.


Clique aqui para ver os quadrinhos em outra janela, onde poderá clicar e ver em tamanho bem maior.

Eu estou compartilhando os quadrinhos que eu fiz, em idiomas estrangeiros há mais de 14 anos atrás, apenas para COMBATER PRECONCEITOS. Eu fui diagnosticado com transtorno mental em 1999, e todos sabemos o que uma pessoa com tal diagnóstico está sujeita. E muito mais quando essa pessoa teve um surto SANGRENTO como o meu. Uma vez eu estava lendo em francês e uma moça no CAPS veio falar comigo e me explicar que eu não poderia falar francês, pois era preciso estudar. Enfim, ela tinha PRATICAMENTE certeza que eu estava delirando, achando que eu podia ler francês. Inclusive, eu sofri muito preconceito de pessoas da família, que achavam que meus estudos eram desorganizados; sabe como as pessoas estigmatizam pacientes psiquiátricos:
Achavam que eu estudava de maneira desorganizada, estudando tudo de uma vez, pois é comum acharem que pacientes psiquiátricos são desorganizados. Um preconceito GRAVÍSSIMO.

Como eu disse anteriormente, estudar italiano foi muito complicado, pois eu não encontrei nenhum curso de italiano na televisão aberta.

Eu sempre me organizei ao máximo para aprender bem tudo que queria aprender. Eu organizava os horários de estudo e buscava segui-los. Abaixo, por exemplo, eu deixo minha rotina de treinos e estudos de artes marciais, de quando eu tinha 17.


Clique aqui para ver minha agenda de horários em outra janela, onde poderá clicar e ver em tamanho bem maior.

Eu trabalhava de segunda a domingo e tinha uma folga domingo sim, domingo não. Abaixo são os treinos de meu domingo de folga, pois no domingo em que eu trabalhava não dava para seguir todo o roteiro.

Para aprender italiano eu percebi que eu teria que me devotar BEM MAIS que eu tinha me devotado para aprender inglês e francês, pois eu não tinha cursos de italiano para ver na televisão como tive de inglês e francês, nem dispunha de vários livros para o italiano, como dispunha de vários livros para o inglês. Eu passei a estudar italiano TODO O TEMPO, construindo frases na cabeça sempre; e naturalmente eu falava sozinho em italiano sempre que possível. Quando eu estava longe de casa, falava sozinho quando ninguém estava olhando, quando havia pouca gente no transporte público, por exemplo.

Mesmo quando estava no trabalho fazendo entregas, eu estudava frases italianas que tinha copiado da Biblioteca Nacional enquanto esperava os fregueses buscarem o dinheiro para pagar a entrega. Em todas as conversas que eu tinha com as pessoas em português, eu mentalmente convertia ao italiano. Na falta de um curso para aprender italiano, passei a ouvir cada vez mais música na língua, ao passo que passei a evitar mesmo ouvir músicas em outras línguas, e quando ouvia buscava vertê-las ao italiano, mentalmente ou por escrito mesmo. Meus estudos de italiano felizmente deram bons frutos, ao ponto que, em 2001, eu já percebia que eu precisava estudar mais a escrita do francês, que eu conseguia falar melhor que o inglês, mas não conseguia escrever como escrevia italiano. Assim, em 2001, quando eu estava internado, pedi a um familiar para trazer um livro de ensino de francês para que eu pudesse estudar lá no manicômio...

Eu estudava artes marciais cerca de 2 a 4 horas por dia. Quando eu comecei a estudar idiomas, eu passei a fazer o contrário:
Todo meu tempo passou a ser devotado ao aprendizado do idioma. Eu praticamente PAREI DE VER TELEVISÃO, só assistia a uma ou duas horas de algum programa favorito. Eu sempre adorei ouvir samba e pagode, mas quando eu comecei a me dedicar ao estudo dos sons de línguas estrangeiras, passei vários ANOS sem ligar o rádio em música em português, focando apenas nos programas especiais de cantores estrangeiros. Todos meus CD's eram em línguas estrangeiras.

Há 22 anos atrás eu iniciei um estudo SISTEMÁTICO de CÓDIGOS E LINGUAGENS, assim eu estudei um pouco até de CÓDIGO MORSE e um pouquinho de LIBRAS, um pouquinho de ASL; ademais, as línguas que eu estudei foram as seguintes:
Português, espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, japonês, holandês, latim, catalão, napolitano, grego, romeno, Esperanto, norueguês, dinamarquês, turco, árabe, russo, albanês, tcheco, polonês, húngaro.

As primeiras 9 línguas, eu estudei algumas frases quando ainda era menor de idade. As outras eu acrescentei depois.

Meu objetivo era apenas fazer um estudo de "Linguística comparativa", enfim, comparar as línguas.

TODAS as línguas acima, eu estudei mais do que estudei português no Ensino Fundamental da escola pública. Estou afirmando isso ao comparar os textos de meus antigos cadernos de escola e os textos de meus estudos de línguas.

Hoje em dia, há 12 línguas que eu ESTUDEI mais que estudei português no Ensino Médio Completo da escola pública, em outras palavras, eu copiei textos e estudei gramática dessas línguas mais do que um aluno do Ensino Médio estuda sua própria língua natal, portanto posso ler nessas 12 línguas, mesmo que com dificuldade.

No estudo dessas 12 línguas, eu obviamente mantive, mais ou menos, o MESMO ritmo de estudo que mantive com o italiano. Eu não queria colocar essas informações sobre mim, apenas as coloco para combater preconceitos, como disse anteriormente. Pois eu sei que quando uma pessoa sente preconceito, ela acaba limitando a si mesma, ao ignorar o valor dos esforços de um outro ser, um outro ser que poderia ser ela mesma.


Notas para os mais antigos:
Ensino Fundamental equivale ao Primeiro Grau de antigamente.
Ensino médio equivale ao Segundo Grau de antigamente, ou Colegial.

Há 10 línguas que eu posso ler com certa naturalidade, dessas 10 línguas, apenas 9 estão na lista acima.


Continua em:
Lidando com o preconceito


Tema musical da postagem:
Cidade Negra - A estrada Acústico MTV

Fastball - The Way

Primeiro publicado em 26 de abril de 2014.

(五)

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22.9.14

Variedades do inglês: alguns sotaques são difíceis até para nativos

Muitos desconhecem que algumas variedades do inglês de área para área, de região para região, são difíceis até para nativos da própria língua inglesa compreender.

Primeiro exemplo:
A pronúncia jamaicana do inglês é difícil para a compreensão de britânicos e americanos.

A música "I'm still in love" contém algumas partes difíceis de compreender e outras mais fáceis. Sasha e Sean Paul são os intérpretes, são ambos jamaicanos, porém Sasha cresceu no Brooklyn, Estados Unidos.

O sotaque de Sasha é de fácil compreensão para a maioria das pessoas, pois o inglês ensinado nas escolas de idioma geralmente é inglês britânico ou americano, e Sasha tem um sotaque americano.



Agora veja o vídeo da música com a letra na tela:



Da mesma forma, Shaggy, nasceu na Jamaica, e apesar de ter passado a viver nos Estados Unidos aos 18 anos.

Shaggy canta a música "It wasn't me" junto com o britânico Ricardo Ducent. Ricardo Ducent é filho de jamaicanos, apesar de ter nascido e crescido em Londres.

Da mesma forma, o inglês de Ricardo Ducent é mais fácil para a maioria dos estudantes de inglês entender, assim como o inglês de Shaggy é de difícil compreensão até mesmo para os americanos e britânicos.



Veja o vídeo com a letra na tela.



(Originalmente publicado em 13 de outubro de 2012, em outro blog.)

19.9.14

Se Deus assim permitir

Antes de mais nada, quero salientar que não sou contra tratamentos psiquiátricos. Sou contra prescrição exagerada de psicotrópicos e diagnósticos superficiais. Sou a favor de atendimento psiquiátrico baseado numa melhor alimentação, como acontece na psiquiatria ortomolecular.

Eu não abandonei tratamento psiquiátrico, apenas não tinha condições de eu continuar quando minhas queixas de irregularidades era jogadas debaixo do tapete.

Pessoalmente não tenho nada contra psiquiatras, mas todas queixas que eu fiz são SÉRIAS, e fiquei um tanto irritado com parentes meus que não deram o apoio que eu precisava ao colocar as queixas.

Este texto é uma continuação da postagem Preconceito e estupefação

Quando a secretária do curso de francês me dava o diploma do ministério de educação da França que comprovava meu nível intermediário avançado de francês ela disse estava surpresa por eu nunca ter feito um curso de francês. Eu disse para ela que eu não podia pagar. Quando eu disse que eu estava desempregado. Aí ela disse:
- Desempregado porque quer, né?

Eu não podia contar para ela meu histórico de internações psiquiátricas, que gerava muito estigma. Inclusive estigma da parte de parentes. Naquela mesma época, eu recebi alguns convites por e-mail para me tornar professor de curso de inglês, pois eu tinha o nível exigido pelos grandes cursos de inglês, mas eu deixei para lá, pois eu não tinha o curso de letras, que também era exigido. Porém, tempos depois surgiu uma oportunidade de estágio REMUNERADO, mas para o estágio era necessário que a pessoa estivesse num curso de letras. O por que eu não entrei num curso de letras eu pretendo contar depois, se Deus assim permitir.

17.9.14

Represálias?

Uma vez, na época em que eu estava no CAPS, eu fiz uma menção de uma postura irregular de alguns funcionários do CAPS, mas não dei pistas sobre quem era. (Meu objetivo sempre foi buscar conscientização, e não punição.)

Porém, algo estranho aconteceu pouco tempo depois. Uma das funcionárias, uma das mais simples, foi afastada do emprego. Mas se fosse só isso, eu não estranharia. A questão é que ela tinha sumido do serviço pouco depois de eu ter publicado a crítica; e quando ela reapareceu no CAPS já estava afastada do serviço e estava TODA MACHUCADA, como se tivesse levado uma GRANDE SURRA. Ela estava acompanhada de um homem, que talvez fosse seu namorado ou irmão... de início eu pensei que, talvez, ela tivesse apanhado do namorado, mas depois me ocorreu algo mais terrível ainda:

Será que essa moça levou uma surra de alguém poderoso ligado a área de saúde mental? Será que alguém achou que minha crítica era voltada para essa funcionária? (A crítica NÃO era voltada para ela, simplesmente porque ela era PEIXE PEQUENO, pouca coisa naquele sistema.) Eu não tenho nenhuma prova, e nenhuma evidência concreta, mas estou apenas expressando a assustadora impressão que eu tive. Será que esse homem estava lá, na verdade, para tentar protegê-la? Pois ele nunca tinha ido lá antes...

Pouco tempo depois, quando eu fiz outras críticas, eu fui chamado numa sala, a sós com um dos funcionários poderosos, que me avisou que se eu continuasse colocando tais denúncias na Internet, alguma coisa muito má poderia acontecer comigo. As palavras da pessoa, que eu não poderia esquecer:
- Sei que vivemos numa democracia, mas não coloque essas coisas na Internet, ou alguma coisa muito ruim pode acontecer com você...

15.9.14

Preconceito e estupefação

Quando eu cheguei no local das provas para obter meu certificado de inglês, o porteiro achou que eu não poderia estar lá para fazer provas. (Como foi colocado no texto anterior:
Preconceito ao procurar emprego)

Eu até entendo que o porteiro tenha achado estranho, pois todos as pessoas que iam fazer as provas chegavam de carro.

Um episódio semelhante ocorreu quando eu fui me inscrever para as provas para adquirir o certificado de francês.

- Você deve estar se confundindo. O exame B2 é avançado. Para você, seria melhor o A1 ou A2.
A secretária nem me conhecia, mas pelo jeito, as minhas vestes baratas já indicavam que não seria possível meu conhecimento ser avançado.
Eu fiquei um pouco irritado e indignado, e a corrigi:
- Avançado são os exames C1 e C2. B2 é intermediário avançado.

Eu tinha optado pelo B2, para não ter dificuldades ou surpresas, queria garantir o certificado, passando fácil. Continuei, um tanto irritado:
- Ora, eu tenho o B1 em inglês, e meu domínio de francês é bem maior que meu domínio do inglês, logo não terei problemas para passar no exame B2 de francês.

Ela estava realmente incrédula, tempos depois a gente se encontrou de novo para ela me entregar o certificado.
- Você gosta mesmo de francês, né? Pois suas notas foram maiores que a média dos alunos do curso regular.
- Não.
- Você não gosta de francês? Imagine se gostasse!
- Não é isso, não é por que eu goste, é porque eu uso francês há mais de 10 anos, já conversei várias vezes com franceses, já li livros, etc.


Existe um padrão de referência internacional para os exames internacionais de idiomas

Na parte de trás de meu diploma de francês, estão os diferentes níveis explicados:


Clique aqui para visualizar o diploma em outra janela, onde você poderá clicar de novo para ver em tamanho gigante.


Três letras separam os três escalões:
A: Elementar
B: Independente
C: Experiente


Vou colocar numa linguagem mais simples:
A1.1 é o nível iniciante
A1 é o nível elementar
A2 é o nível básico
B1 é o nível intermediário
B2 é o nível intermediário avançado
C1 é o nível avançado
C2 é o nível proficiente.

Abaixo, eu deixo o link para o simulado de uma prova de compreensão oral do nível elementar, A1.1, em que o estudante deve entender algumas conversas em francês:

Compréhension de l'oral

Eu deixo um link que mostra as perguntas que o estudante deve responder ORALMENTE nesse nível:

Production orale

14.9.14

Preconceito ao procurar emprego

No ano 2006 eu fiz um exame internacional para o nível avançado de inglês, mas a prova foi mais difícil do que eu esperava, e mesmo se eu não tivesse perdido a primeira prova por um contratempo, provavelmente seria reprovado, mas para poder obter um certificado que comprovasse meu conhecimento de inglês para poder ensinar inglês no CAPS, eu optei por fazer o exame num nível bem mais modesto, no final de 2009.

Ao chegar na escola para fazer as provas --num bairro nobre da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro-- o porteiro olhou para mim com uma cara rígida e perguntou:
- Você veio fazer qual serviço aqui?
- Eu vim fazer uma prova
, respondi com um sorriso sem jeito.
Ele tinha pensado que eu era um novo pedreiro, faxineiro, ou algo assim. Seria uma honra para mim trabalhar de pedreiro ou faxineiro num prédio luxuoso como aquele, provavelmente o salário seria maior do que a "bolsa" que eu recebia ao dar aulas de informática no Centro de Atenção Psicossocial. Mas ainda assim, eu acho que o porteiro teria sido mais gentil se perguntasse o que eu ia fazer lá, em vez de deduzir que eu era um empregado novo.



Clique aqui para abrir o certificado em outra janela, e poder clicar de novo para vê-lo em tamanho gigante.


Depois de ter que me afastar do Centro de Atenção Psicossocial devido aos desrespeitos e autoritarismo que eu presenciei lá da parte da abusiva direção, acabei me decidindo a conseguir um certificado internacional em outro dos idiomas que eu dominava, pois me ajudaria na busca de emprego, já que não tinham me deixado trabalhar no Centro de Atenção Psicossocial. No passado, antes de eu ter certificados, um colega de escola que me conhecia bem viu um currículo que eu tinha feito e foi muito sincero:
- Ezequiel, você não devia colocar que você domina todos esses idiomas. Eles vão pensar: "esse negão deve ser um maluco que acha que sabe alguma coisa." Tire isso.

Ele sabia que eu realmente dominava os idiomas, mas ele conhecia bem os preconceitos de nossa sociedade tola. O olhar de desprezo e zombaria da diretora da cooperativa que eu fazia parte ao ver os idiomas em meu currículo, e a forma preconceituosa que o pessoal da ONG de informática em que eu trabalhava reagiu quando eu comentei sobre meu conhecimento de idiomas me convenceu a não voltar a mencionar sobre conhecimento de idiomas em meus currículos, a menos que eu tivesse certificados prontos para comprovar, por mais que eu conhecesse os idiomas.

Já em 2006 eu já tinha certificados de Esperanto pela Cooperativa Cultural de Esperantistas. Mas os certificados de Esperanto da Cooperativa de Esperantistas não eram internacionais, portanto não eram oficiais e tinham tanto valor quanto um certificado simples de um cursinho de inglês tipo CCAA ou CNA, enfim certificados sem valor oficial.


Assim, eu decidi obter outro certificado internacional oficial, para dar mais moral ao meu currículo. Na época, eu apenas dominava quatro idiomas estrangeiros, e tinha somente boas noções de alguns outros. Oscilei um pouco entre o italiano e o francês. Mas como meu nível de domínio do italiano era igual ao do inglês, achei que seria melhor optar por um certificado em francês, minha segunda língua.


Clique aqui para abrir o certificado em outra janela, e poder clicar de novo para vê-lo em tamanho gigante.

Continua em Preconceito e estupefação

13.9.14

Perseverança face ao preconceito e a discriminação

De 2007 a 2009 eu dava aulas de informática no CAPS, pelo projeto CDI, e recebia uma "bolsa" (como eles gostavam de chamar). Porém, em 2010, quando houve uma pausa no projeto de informática por falta de verba, eu planejava deixar minha vaga na informática para outro usuário do CAPS, e fazer outra atividade de geração de renda lá. Sempre me interessou a questão da reciclagem de materiais, por ser extremamente benéfico para a sociedade, ajudando a preservar o meio ambiente. Eu tinha um projeto diferente para conscientizar as pessoas da importância de reciclar e ao mesmo tempo oferecer um curso de estudos para elas.

O curso seria pago com material que poderia ser reciclado (como latinhas, por exemplo.) Isso também porque eu não me sentiria bem cobrando pelo curso...
O curso seria de inglês, que sem dúvida eu conhecia muito mais que informática, que eu dava aula lá. Mas havia muito preconceito no CAPS, e para que eu pudesse dar as aulas com melhor aceitação, seria bom que eu mostrasse um certificado. Por isso, em 2009, eu fiz o exame de inglês da universidade de Cambridge, para obter um certificado.

Em 2006, eu já tinha feito um exame internacional da Universidade de Cambridge, do Reino Unido, para certificar o meu conhecimento do idioma inglês. Ao fazer um teste numa escola de idiomas daqui do Brasil, indicaram-me que o melhor exame para mim seria o avançado. Inscrevi-me, mas no dia do exame houve um contratempo: um pouco antes de eu chegar ao local das provas, o centro de testagem, uma pessoa me chamou pelo nome. Era um usuário do Centro de Atenção Psicossocial que eu frequentava na época. Outro triste exemplo de discriminação e preconceito. Aquele usuário de CAPS tinha fugido de casa por não aguentar mais os maus tratos da família e a omissão do CAPS.

O Centro de Atenção Psicossocial abria às 8h, a primeira prova seria às 8h. Decidi que seria melhor me atrasar para a prova mas não deixar um ser humano à míngua. Passei uns 20 minutos ligando para o Centro de Atenção Psicossocial, apenas para descobrir que ninguém tinha chegado ao Centro de Atenção Psicossocial para trabalhar. Eles tinham o hábito de chegar atrasados e sair antes do horário. Perdi a prova à toa...

Mesmo se eu não tivesse perdido uma prova, provavelmente não conseguiria passar. Depois daquela experiência, tinha decidido voltar a fazer a prova avançada somente depois de muito estudo. Mas para poder obter um certificado que comprovasse meu conhecimento de inglês para poder ensinar inglês no CAPS, eu optei por fazer o exame num nível bem mais modesto, no final de 2009. Mas mesmo com o certificado, eu encontrei oposição de funcionários do CAPS, que decidiram dificultar a concretização do curso que eu planejava...

Mas a discriminação e o preconceito não vinham apenas dos técnicos do CAPS, vinham também dos usuários pobres. E fora do CAPS, outros pobres mostravam preconceito, como os preconceitos absurdos que eu suportei ao fazer os exames que me renderam certificados internacionais em idiomas estrangeiros.

Continua em Preconceito ao procurar emprego

12.9.14

Transtorno do déficit de atenção nos Simpsons

No vídeo abaixo você pode ver o transtorno do déficit de atenção no desenho animado "Os Simpsons". Veja, pois é muito interessante. O desenho mostra Bart Simpson sendo rotulado com transtorno do déficit de atenção. A droga psicotrópica é satirizada como nunca.

As crianças são rotuladas com transtorno do déficit de atenção quando são muito agitadas, ou seja, bagunceiras. Ao começar a tomar o psicotrópico, o Bart ficou parecendo mais inteligente. Mas depois começou a agir estranho. Estranho demais! O interessante é que em vez dos psiquiatras suspenderem a droga psicotrópica eles decidiram trocar por outras drogas psicotrópicas.

- Marge, eu acho que o Bart enlouqueceu. ("Marge, I think Bart is going crazy.")

- Acho que deve parar o tratamento. ("I think we should take him off the drugs.")

- Você não pode parar o tratamento com focusyn assim... ("You can't just 'go off' focusyn.")

- Não! Vocês não podem tirar o focusyn de mim! ("No! You can't take my focusyn!")

- Eu sei que ama o focusyn, filho, mas agora você só vai precisar desses três amigos.("I know you love focusyn, son. But in time you get just as attached to these three amigos.")


Do mesmo jeito que os psiquiatras de verdade fazem! Vejam o vídeo, pois é muito interessante!

Ainda vi uns comentários de pessoas com transtorno de déficit de atenção criticando os autores do desenho. Vai entender...

"O irmãozinho drogado" foi o título do episódio 228 de "Os Simpsons", de 3 de outubro de 1999. Nesse episódio, prescrevem para o Bart Simpson um psicotrópico similar à ritalina, e ele fica doidão!

Mas no final, ele fica bem tomando ritalina... Qual o objetivo do desenho? Fazer propaganda da ritalina ou satirizá-la?

- Quando eu não paro quieto eu tomo meu ritalin. Eu sou o marinheiro Popin! ("When I can't stop my fiddlin' I just takes me Ritalin I'm poppin' and sailin', man!")
["Ritalin" é "ritalina".]


Veja abaixo o clímax do desenho, com legendas em português.

"O irmãozinho drogado" episódio 228 de "Os Simpsons", título original: "Brother's Little Helper".



(Publicado originalmente no dia 27 de julho de 2009. Atualizado no dia 12 de setembro de 2014.)


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11.9.14

MÚSICA DE EX-GAY CAUSA POLÊMICA NA ITÁLIA

A música, de Giuseppe Povia, é baseada na história de Luca di Tolve. A polêmica música se chama Luca era gay. Luca di Tolve diz que era gay, mas depois de ler o livro do terapeuta Joseph Nicolosi deixou de ser. Veja um trecho da reportagem abaixo:

Luca di Tolve atribui sua homossexualidade do passado ao divórcio dos seus pais durante sua infância, quando seu pai partiu. "Fiquei sozinho em um ambiente feminino, brincando com bonecas. É um erro acreditar que as pessoas nascem gays", disse ele na entrevista. "Você se apaixona por um homem, porque é isso que você queria ser."

"Homossexuais experimentam um frenético nomadismo emocional", ele continuou a dizer. "É compreensível, eles olham para algo diferente de si. Se nos outros acham apenas algo semelhante, a relação não pode ser mais que fugaz e compulsiva. Estabilidade e fidelidade não podem existir no mundo gay. "

Povia afirmou em Dezembro passado que ele converteu dois amigos homossexuais para heterossexualidade, ambos os quais já estão casados, e disse que "não se nasce homossexual, mas as pessoas se tornam homossexuais." Ele também é conhecido por ter participado no Dia da Família em 2007, em Roma, organizada para defender o direito à vida e valores familiares.

Ativistas homossexuais, furiosos por causa da história de Tolve e por causa da canção de Povia, acusaram Tolve de mentir, e criaram uma conta do Facebook para reunir aqueles que querem impedir Povia de cantar no Festival Sanremo. A organização "Arcigay" alegadamente ameaçou perturbar o evento.


Povia cantou Luca era gay no Festival Sanremo. A música de Giuseppe Povia ficou em segundo lugar no Festival Sanremo, o maior festival da música italiana.

Leia, em inglês, um pouco sobre o livro de Joseph Nicolosi. REPARATIVE THERAPY OF MALE HOMOSEXUALITY. Veja também a reportagem que Luca di Tolve dá ao jornal italiano Il Giornale, se você souber ler italiano: ERO GAY, MI HANNO CURATO ORA SOGNO DI AVERE UN FIGLIO

Publicado em 2008, em outro blog.

4.9.14

É "livra-nos do mal" e não "livra-me do mal" (Rituais III)

Mas uma vez, minha menção a assuntos religiosos é apenas para ilustrar como tais assuntos mexeram comigo emocionalmente, já que, apesar de eu nunca ter me batizado, passei minha primeira infância na igreja evangélica. Eu não me desencantei de Deus, mas definitivamente me desencantei de muitos religiosos que encontrei. Portanto, antes de continuar lendo, pense bem, pois algumas pessoas poderiam se sentir ofendidas, o que não é minha intenção.

A visita à igreja de minha irmã me surpreendeu pelo fato de um pastor, que deveria ensinar o amor, que só ensinava as pessoas a serem interesseiras e egoístas. Quando eu disse ao irmão da igreja que eu desejava igualdade no mundo, eu apenas expressei o que eu aprendi na Bíblia, que nos ensina a amar os outros como a nós mesmos.

Inclusive, até o "Pai Nosso" nos ensina a preocupar-nos com os outros sempre. O pedido no "Pai Nosso" é "livra-nos do mal" e não "livra-me do mal".

Os religiosos dessas igrejas encontram várias partes na Bíblia que ensinam a juntar tesouros na terra. Assim como um pastor encontrou uma passagem bíblica em que Deus mandava adulterar. É sério! Passou no Fantástico. Veja no vídeo abaixo.



Falar o quê? Da mesma forma, duas pastoras encontraram justificativa na Bíblia para traírem os maridos e depois se casarem uma com a outra. Ativistas do movimento gay, observem que eu não estou dizendo que a Bíblia é contra casamento gay, mas CLARAMENTE é contra Adultério!

O caso das pastoras também é sério. Eu não estou brincando. Veja notícias sobre elas, no link abaixo:

Lanna e Rosania: Alices no país das maravilhas


Eu me pergunto como os evangélicos SÉRIOS aceitam tanta hipocrisia e cara de pau. Tamanha cara de pau não tem justificativa. Por isso que eu não quero nada com religião, apesar de respeitar muito quem segue.

É muito bacana que qualquer pessoa tenha o direito de fundar uma religião, mas seria MAIS JUSTO se houvesse uma melhor educação em nosso mundo, pois assim esses charlatões caras de pau não enganariam tanta gente, com tanta facilidade...

(Postagem número 1000)

3.9.14

Fui para a igreja me encontrar com Deus e me encontrei com o Diabo (Rituais II)

Eu estou publicando esta história apenas para relatar parte de minhas experiências com religião e como isso pode ter me afetado emocionalmente. Se você for religioso, pense bem antes de continuar lendo, pois talvez você se sinta ofendido, o que não é meu objetivo.

Este episódio de minha vida aconteceu entre os anos 2005 e 2008. Não tenho a data exata agora. Minha irmã me convidou para visitar a igreja dela. Primeiro eu fui numa espécie de grupo. O mediador do grupo dizia que Jesus podia realizar todos os desejos de cada um de nós. Num momento ele me perguntou qual era o meu desejo. Eu fiquei pouco decepcionado quando ele me disse que o desejo que eu tinha não poderia ser realizado por Jesus. Eu disse que queria o fim da fome no mundo, e o fim das desigualdades no mundo.

"Tem que ser um desejo pessoal, só para você! Tipo, um bom emprego, um casamento, ganhar muito dinheiro, um carro novo, esse tipo de coisa!"

Apesar de eu ter ficado um pouco decepcionado, fiquei para ver o culto que começava pouco depois. Nunca mais vou esquecer o culto...

Antes de começar os serviços, eles ligaram um telão bem ao lado do púlpito, dentro da igreja, nesse telão apareceu um homem disfarçado de diabo. O homem dava umas risadas e dizia:
"Você que não dá o dízimo, está dando dinheiro para mim! Hahaha!"
Eu fiquei simplesmente HORRORIZADO. É verdade que a igreja precisa de dízimos, pois a igreja tem despesas, é preciso limpar a igreja, pagar energia elétrica, etc. E para pagar essas contas, evidentemente é totalmente justo que os membros paguem alguma coisa, sem mencionar que a importância do dízimo é mostrada na Bíblia, tanto no velho quanto no novo testamento. Mas eu tinha ido a igreja para assistir a uma pregação, ouvir falar sobre Deus, e não para ver o Diabo! Que isso! Aquela igreja era enorme, riquíssima! Com certeza não precisava desse tipo de apelação para conseguir dízimo!

Mas a pregação logo chegou. A mensagem era para os jovens. Então o pastor explicava para as jovens:
"Esqueçam o romantismo! Romantismo e amor são coisas de novela! Vocês devem procurar um homem que tenha muito dinheiro!"
Sem brincadeira... essa era a base do sermão dele. Eu estava horrorizado de novo. Mas ao mesmo tempo sentia pena dele, que pelo jeito tinha COMPRADO uma esposa. E pelo jeito ele queria INDUZIR as meninas da igreja a casarem com o filho dele, que obviamente era milionário. (Não sei se tal pastor tem filho, mas se tiver, será milionário, lógico.) Dizer o quê?

Eu saí da igreja REVOLTADO. Nunca tinha visto tanto desrespeito a Deus, ao amor e à religião, pois já li a respeito do satanismo, e eles respeitam a Deus mais do que isso. Sem brincadeira, eu queria processar esse cara por DESRESPEITO À RELIGIÃO, que é um crime. Uma pessoa tem o direito de criar uma religião, mas aquilo me parecia puro oportunismo, e isso já é passar dos limites! A filha de minha irmã, coitada, era uma criança ingênua:
"Ele quer processar o coitadinho do pastor!"
Evidentemente eu estava nervoso e indignado diante de tamanho desrespeito ao povo e a Deus. O que eu ia conseguir contra o poderosíssimo dono de uma igreja que parecia um castelo?

Naquele dia, a banda da igreja também estava lá, estava cantando seu grande sucesso, Deus de Promessas, entre outras canções.

1.9.14

Rituais (A verdadeira vida de Ezequiel)

Este mês que passou, eu tirei para tomar algumas decisões. Mas antes de ir a elas eu precisava publicar um capítulo importante de minha vida.

Nos anos e meses antes de eu ser internado no manicômio, eu mantinha uma rotina de estudos de idioma, mas como eu não gostava de chamar muita atenção, eu evitava ao máximo que percebessem que eu estudava vários idiomas, e só deixava às claras que eu estudava inglês. De fato, eu estudava um idioma estrangeiro para cada dia da semana, estudando os cinco idiomas estrangeiros mais populares. O meu estudo de inglês era através de filmes, de cursos de idiomas na TV aberta, através de manuais de instruções de produtos estrangeiros e através de música.

Um de meus irmãos me emprestava manuais em idiomas estrangeiros que serviam aos meus estudos. E também permitia que eu usasse o quarto dele quando ele não estava para ouvir seus CD's estrangeiros...

Esse irmão às vezes era bem receptivo e hospitaleiro nesse quarto, e me incentivava a estudar inglês lá. A forma que eu estudava inglês era ouvindo músicas em inglês principalmente "Rock", "Hard Rock", e algumas bandas de "Heavy Metal", se não me engano. O quarto tinha sido pintado de escuro. Sempre havia uma vela de sete dias, enxofre era espalhado por vários cantos do quarto, e havia uma caveira, uma caveira de gesso, se não me engano.

Eu achava que não tinha nada de mais, ou melhor, talvez eu quisesse acreditar que eu achava que não tinha nada de mais, pois, talvez para o meu sub-consciente, significasse muito mais do que eu admitiria.

Na primeira vez em que eu fui internado, em 1999, eu ligava o rádio da sala e nada acontecia. E aí quando eu ligava a TV, o rádio funcionava mas a TV não. E quando eu ia e desligava o rádio a TV acendia. Hoje eu me pergunto, o que aconteceu com os aparelhos da sala não foi simplesmente minha mente e movimentos que tenham ficado acelerados, e que talvez os aparelhos estivessem ligando normalmente, e talvez eu apenas me precipitasse, não dando tempo para os aparelhos ligarem por completo?

Já em 2001, a coisa já se tornava mais complexa. Em 1999, os aparelhos ficavam estranhos e imprevisíveis. Em 2001, foram as pessoas que ficaram estranhas. Eu pensei, pensei, e talvez não consiga descrever bem com palavras, mas deixo dois vídeos que ajudarão as pessoas a terem uma ideia.

coloque-se no lugar de Denzel Washington no filme "Possuídos" (Fallen) e você terá uma ideia de como eu me senti. Exatamente como o Denzel Washington no filme.



E os olhos das pessoas sofriam algumas alterações, como vemos nos olhos das pessoas que aparecem no vídeo abaixo da série "Sobrenatural".